Incêndio é registrado em prédio antigo na Rua Gaspar Viana, em Belém; vídeo
Prédio fica localizado no bairro da Campina, ao lado do antigo prédio do jornal O Liberal. Não houve vítimas
Um incêndio de grandes proporções destruiu, na tarde desta quarta-feira (13), um casarão antigo de três andares e atingiu mais dois prédios na rua Gaspar Vianna, às proximidades da antiga sede do jornal O Liberal, bairro da Campina, em Belém. As causas do incêndio são desconhecidas e devem ser investigadas pelo Corpo de Bombeiros. Não houve vítimas.
Pela entrada do prédio na Gaspar Vianna, integrantes de cinco famílias que residiam no segundo andar conseguiram sair antes que o fogo tomasse conta da edificação, construída em alvenaria e madeira. Profissionais da Defesa Civil Municipal estiveram no local para auxiliar as famílias atingidas pelo ocorrido.
Na outra entrada, pela Boulevard Castilhos França, uma loja de telefones celulares, no térreo, foi atingida pelo fogo que se propagou também pelo segundo e terceiro andar. Ninguém se feriu. O incêndio começou por volta das 16h.
Segundo o tenente-coronel Jairo, que conversou com a imprensa pouco depois das 20h, o sinistro já havia sido controlado, mas as equipes continuavam trabalhando para eliminar qualquer possível foco de incêndio. “Nós estamos fazendo os últimos trabalhos de combate para equacionar qualquer situação de possível propagação, para que não se espalhe para nenhum prédio vizinho”, explicou o tenente, ao destacar o trabalho de 10 viaturas e 50 bombeiros atuando na ocorrência.
Ainda segundo Jairo, o local possui um porão, ao qual não se tem acesso, o que dificulta o trabalho. “Tem um agravante que é um porão. Nós não temos como adentrar neste momento, porque houve o desabamento dessa estrutura, que era de madeira. O combate se torna mais difícil, nas duas frentes (da Gaspar Viana e da avenida Boulevard Castilhos França)”, acrescentou o tenente-coronel Jairo.
Uma guarnição do Batalhão de Polícia Turística da PMPA, em ronda pela Gaspar Vianna, percebeu que saía fumaça de um dos prédios antigos naquela via. De imediato, os policiais comunicaram o fato ao Centro Integrado de Operações (Ciop) e também verificaram que muitas pessoas saíram correndo da edificação, levando alguns pertences. Os policiais isolaram a área. A Guarda Municipal atuou na orientação às pessoas que deixavam o casarão. Em seguida, guarnições do Corpo de Bombeiros começaram a chegar ao local da ocorrência.
Enquanto as chamas se propagavam, pedaços da estrutura do prédio desabaram. O comandante do 2º BPM, tenente-coronel Leonaldo Araújo, atuou na orientação dos moradores na evacuação do prédio e coordenou a atuação dos policiais militares. De imediato, sete guarnições da PMPA foram mobilizadas.
Defesa Civil
A engenheira Camilla Moura, da Defesa Civil Municipal, compareceu ao local do incêndio, e destacou que os técnicos aguardavam pela liberação do prédio, por parte do Corpo de Bombeiros, para vistoriar o imóvel, verificando as questões estruturais e, então, emitir um relatório. A Defesa Civil tomou conhecimento de que cinco famílias moravam no prédio, e pretende se reunir com elas para o devido encaminhamento da situação aos órgãos oficiais.
Drama no meio da tarde
Heronilde da Silva, 59 anos, morava no prédio há um ano. Na hora do incêndio, ela estava arrumando roupas no quarto e relatou, já na rua, que ouviu um barulho de um curto-circuito em um dos postes, e um senhor avisou para ela que era para sair porque o prédio pegava fogo. “Minhas coisas ficaram todas lá”, lamentou, chorando, dona Heronilde, relatando que perto de um quarto perto dela havia duas crianças.
Adriana Nunes, 23 anos, vendedora ambulante, estava no local na hora do incêndio. “A gente estava assistindo televisão e um dos vizinhos nos ligou avisando que o prédio estava pegando fogo, e a gente foi tentar tirar as coisas, as crianças, os documentos, mas o fogo já estava dentro da casa”, contou, chorando, Adriana. Ela e mais quatro pessoas, incluindo duas crianças, estavam na casa no começo do incêndio. Ela viu a geladeira de casa ser retirada do prédio.
Renata de Aleixo, 33 anos, vende peixe frito com açaí e mora ao lado do prédio que pegou fogo. “Eu estava trabalhando, e a minha esposa me avisou do incêndio, e eu vim ver, mas não era lá em casa. Foi um susto”, declarou. Raimundo Melo é vigilante no antigo prédio-sede do jornal O Liberal. “Eu estava aqui em cima trabalhando quando vi uma fumaça vindo ao lado, o pessoal correndo, era o incêndio, e isso me assustou um bocado de que o fogo pegasse no jornal”, relatou.
Amanda Carneiro trabalha na loja Tinho Cell, no térreo do prédio que, segundo informações pertence à Prefeitura de Belém e estava muito deteriorado. A loja, com mais de dez anos no local, foi atingida pelo fogo. “Eu estava lá dentro consertando um celular e a moça (outra funcionária) disse para eu sair, e eu saí correndo”, disse. Bombeiros auxiliaram na retirada de alguns itens do interior do estabelecimento. Amanda tem um afilhado que mora no prédio (pela Gaspar Vianna) e foi, então, auxiliar a família dele.
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