Incêndio destrói comércio de frango assado na avenida João Paulo II, em Belém; vídeo e fotos
Corpo de Bombeiros conseguiu controlar as chamas em cerca de 40 minutos
Um incêndio de grande proporção destruiu um comércio de venda de frango assado, na manhã deste sábado (26), na avenida João Paulo II, entre a travessa Pirajá e a avenida Dr. Freitas, no bairro do Marco, em Belém. Tudo começou próximo das 9h, quando seis funcionários iniciavam o trabalho de preparo dos frangos e ligavam a churrasqueira. Ninguém se feriu, mas o interior do prédio ficou inutilizável.
O capitão do Corpo de Bombeiros, Deyvison Sales, informou que o incêndio começou pela churrasqueira e se expandiu rapidamente pela chaminé e logo alcançou o forro de PVC.
A Polícia Militar interditou parcialmente e, após, por completo a pista da avenida João Paulo II sentido São Brás/Souza. As chamas intensas chegaram a atingir as paredes externas dos prédios ao lado: um edifício residencial de três andares e oito apartamentos e uma barbearia, mas o capitão Sales informou que, a princípio, os prédios não apresentaram sinais de abalos em sua estrutura, como rachaduras. Ele enfatizou, no entanto, que só a perícia técnica pode assegurar isso.
Os funcionários do estabelecimento acompanharam todo o trabalho dos bombeiros até o final. "Num sábado como este a gente vende até 200 frangos, agora é esperar para ver como será daqui para frente", disse o atendente do prédio incendiado, Thales Afonso, de 24 anos. Uma funcionária do estabelecimento passou mal e foi atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
"Com certeza, o óleo comestível (de cozinha) que é combustível facilitou a propagação do fogo, mas só a perícia dará detalhes do que realmente aconteceu", frisou o capitão Deivison Sales, que em cerca de 40 minutos conseguiu controlar o fogo, atuando com uma equipe de 20 bombeiros e quatro viaturas, sendo três de combate rápido de incêndio, e uma de grande reserva de água, transportando 30 mil litros de água.
AMEAÇA AOS PRÉDIOS VIZINHOS
O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente ao local. O capitão Sales disse que, em média, foram utilizados cerca de 50 mil litros de água. Ele explicou que o fogo não atingiu a estrutura da circunvizinhança, possivelmente, por causa das paredes de alvenaria.
"As paredes de concreto, de alvenaria, são corta-fogo. Como o prédio não tem aberturas laterais, elas são cegas, isso dificultou a propagação e inibiu um possível alastramento", afirmou o capitão bombeiro.
O professor Yago Mocbel, de 28 anos, mora sozinho no prédio residencial e contou que foi acordado com a vizinha do apartamento do lado batendo na porta e avisando-o sobre o fogo no ponto comercial.
"Ela estava desesperada porque o fogo estava chegando bem próximo da escada de descida deles. Eu desci com a roupa do corpo. Os moradores desceram. O prédio tem 3 andares e oito apartamentos. O pessoal do 3º andar não sabia que estava pegando fogo (ao lado) e a gente começou a apertar as campainhas para chamar eles", disse o professor, que também aguardava o fim do trabalho do incêndio para retornar ao seu apartamento. Outros moradores do mesmo residencial, que não tem um nome definido, acompanhavam toda a movimentação na avenida João Paulo II, à distância
ORIENTAÇÃO
O capitão observou que o incêndio poderia ter sido evitado ou, ao menos, de menor impacto, se o local mantivesse o estabelecimento limpo e com regular manutenção para evitar o acúmulo de gorduras nas instalações.
"Locais como restaurantes têm de ter cuidado com a limpeza, verificação e a manutenção dos ambientes limpos, pois o óleo comestível é combustível e devido o uso contínuo de um restaurante a gordura se acumula pelas paredes internas e vai provocando uma granulometria (agregação de partículas) muito maior que o normal, colocando em risco princípios de incêndio. A rotina dessa conduta de limpeza e manutenção vai condicionar a vida útil e a maior segurança do estabelecimento", salientou o oficial bombeiro.
O capitão disse que sua equipe não encontrou extintores de incêndio no ponto comercial atingido, mas disse que a espessa fumaça e as chamas podem ter difcultado a localização dos equipamentos. "Nós não vimos, mas é possível que eles tivesse", afirmou ele, que agredeceu o apoio dos moradors, e geral.
A vizinhança do prédio residencial improviou um cano de PVC e liberou toda a água da caixa d'água do prédio para refrirar por cima o ponto comercial.