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IML demora mais de 13h para remover corpo no Tapanã

O atraso do IML causa grande constrangimento para os familiares da vítima que ainda seria sepultada no município do Acará, no nordeste paraense, onde moram boa parte de seus familiares.

Redação Integrada

Às 9h deste sábado, (14), a família de Lucas Pereira Carneiro, de 19 anos, ainda esperava o serviço de remoção do Centro de Perícias Criminais Renato Chaves (CPCRC), na Unidade de Saúde do Tapanã, onde o rapaz deu entrada com vida e em seguida morreu, por volta das 20h desta sexta-feira, (13), atingido por dois tiros na região do tórax, próximo da Estrada Yamada, no Parque Verde, em Icoaraci.

 

O atraso do IML causava grande constrangimento para os familiares da vítima que ainda seria sepultada no município do Acará, no nordeste paraense, onde moram boa parte de seus familiares. A Redação Integrada do jornal O Liberal aguarda retorno do Centro de Perícias Criminais Renato Chaves (CPCRC) já procurado para se posicionar pelo longo atraso no atendimento, em questão.  

 

"A gente está aqui desde ontem (sexta-feira) é até agora eles (IML) não vêm'', lamentou tristemente a costureira Maria Delma Pereira Carneiro, de 57 anos, moradora do bairro Pratinha II, que se apresentou como mãe e avó da vítima.

 

Ela não soube informar nada sobre os autores dos disparos e as circunstâncias do baleamento, contou que foi informada por conhecidos que seu filho estava baleado na Unidade de Saúde do Tapanã. No entanto, no boletim de ocorrência registrado por um familiar da vítima na Delegacia de Polícia da Cabanagem, consta que Lucas Carneiro foi baleado na via pública da Estrada Yamada na área do bairro Parque Verde. 

 

"Eu tenho oito filhos contando com ele, que é meu neto, é meu filho porque eu criei, eu não acho eu tenho certeza que ele estava envolvido com coisas erradas, mas isso não tem nada a ver, nós temos direito de velar e sepultar meu filho'', disse chorando a trabalhadora. Ela ainda contou que aconselhava o neto a deixar as más companhias. "Dei tanto conselho, não me ouviu, mas ficava calado e todos os dias dizia que me amava. A gente queria mandar ele para o interior, mas não deu tempo'', completou Maria Delma. 

 

Na Unidade de Saúde do Tapanã, a enfermeira-chefe responsável pelo plantão neste sábado, Ana Maria Tavares, informou que desde o óbito do rapaz, era solicitada a remoção. "Eles nos disseram que o carro quebrou e que agora de manhã havia muitas ocorrências por isso não conseguiram chegar logo aqui. Deram prioridade para os corpos expostos em via pública", contou a enfermeira-chefe.

Polícia