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Jovem é morto a golpes de terçado no rosto na Cabanagem, em Belém

Corpo foi encontrado nas primeiras horas da manhã deste domingo (23). Segundo análise pericial, cadáver foi apenas desovado na passagem Benjamin.

Ana Carolina Matos

O corpo de Geovanni Tiago Tavares Guedes, de 21 anos, foi encontrado por populares no início da manhã deste domingo (23), na passagem Benjamin, no bairro da Cabanagem, em Belém. O jovem tinha enormes ferimentos feitos a golpes de arma branca, ao que tudo indica um terçado, no rosto. Ele havia saído da prisão há pouco mais de dois meses e era monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica. A vítima vinha trabalhando como mototaxista e morava com a mãe, no bairro Jaderlândia.

O crime brutal chocou a vizinhança, que afirma que a localidade tem muitos registros de assaltos, mas não homicídios. Entretanto, segundo os populares, é comum que cadáveres sejam desovados na região.

A hipótese da vizinhança foi confirmada pelo perito criminal Ivanildo Rodrigues. Segundo a análise da equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), o homicídio havia ocorrido há pelo menos seis ou sete horas antes do corpo ser localizado, nas primeiras horas da madrugada. "Ele provavelmente não foi assassinado aqui porque não havia salpicos de sangue e nenhum vestígio de que ele foi morto aqui. Provavelmente ele foi trazido pra cá", explica.

Segundo Ivanildo, os envolvidos no crime também teriam asfixiado o jovem antes de desferir os golpes de terçado em Geovanni. "Ele tinha também umas escoriações. É possível que, antes de ser morto, ele tenha sido esganado. Ou seja, asfixia mecânica pelas mãos", detalha ainda o perito.

Mãe do jovem, Mardiolene Tavares explicou que o filho já havia sido preso duas vezes por tráfico de drogas. O jovem já havia morado no bairro em que morreu, mas vivia com a mãe desde que foi solto, há dois meses.

Segundo a mulher, Geovanni era um rapaz tranquilo, apesar dos crimes que cometera. "A gente pensa sempre em uma pessoa cruel, mas ele era brincalhão, vivia rindo. Eu dizia pra ele que não entendia como ele conseguia se envolver em coisas desse tipo, porque ele não tinha maturidade. Eu dizia que tinha um filho de 8 anos e não de 21", relembra a mãe sobre o filho caçula.

Policiais do 24º Batalhão da Polícia Militar isolaram a área até a chegada de uma equipe da Polícia Civil e da perícia. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML) às 9h10.

A motivação do crime ainda é um mistério. Nenhum assassino havia sido preso até a publicação desta matéria. O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios (DH). Quaisquer informações que ajudem na elucidação do caso podem ser repassadas anonimamente e de forma gratuita ao Disque-Denúncia 181.

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