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Homem é condenado por tentativa de homicídio contra a ex-esposa após 12 anos foragido

Crime ocorreu no bairro da Cabanagem na presença dos dois filhos da vítima

O Liberal

Um homem foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado por tentativa de homicídio contra a ex-esposa. O crime ocorreu no bairro da Cabanagem, em Belém, em 2012. O julgamento foi realizado na manhã desta quinta-feira (14/11), na 3ª Vara Criminal de Belém. O réu, Max Ventura de Araújo, de 40 anos, ficou foragido por 12 anos. Em julho de 2024, ele foi preso durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A vítima, até hoje, sofre com sequelas da grave agressão.

O crime aconteceu em março de 2012, quando Max agrediu a ex-companheira após consumir bebida alcoólica e ter uma crise de ciúmes. Segundo a irmã da vítima, Max mudava de comportamento quando bebia, tornando-se violento. Na ocasião, o ex-casal participava de uma festa na casa de um vizinho. Durante a festa, começaram a discutir. A vítima saiu do local e retornou para casa, mas o ex-marido a seguiu, ainda discutindo e brigando por ciúmes. Em seguida, Max pegou um pedaço de madeira e bateu na cabeça da mulher, na presença dos dois enteados, um menino pré-adolescente e uma menina de três anos.

O filho pré-adolescente da vítima presenciou a cena e começou a gritar na tentativa de salvar a mãe. Max então ameaçou o menino, dizendo para calar a boca, senão seria morto. Em seguida, o agressor fugiu sem prestar socorro à vítima. O alarme do filho fez com que a irmã da vítima a socorresse, levando-a para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) no bairro. A mulher ficou desacordada e sangrando em casa. Após ser atendida, ficou quatro dias em coma, perdeu parte do couro cabeludo e, até hoje, carrega sequelas.

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Testemunhas relataram que Max já havia quebrado o braço da mulher em uma agressão anterior e a ameaçava constantemente. O homem também agredia as crianças. Entretanto, a vítima nunca havia prestado queixa.

Em sua defesa, Max Araújo alegou que a mulher era muito ciumenta. Ele confessou a agressão, mas afirmou que agiu em legítima defesa, alegando que a ex-esposa era quem ficava agressiva quando bebia. Naquele dia, segundo ele, a vítima teria tentado feri-lo com uma faca, e ele teria se defendido, batendo com o pedaço de madeira em sua cabeça.

Os argumentos, no entanto, não foram suficientes para convencer o júri, que acatou a tese da acusação. O processo estava suspenso desde 2012, para evitar a prescrição, já que o acusado estava foragido. Após 12 anos, Max Araújo foi preso em uma abordagem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que descobriu a ordem de prisão contra ele. Preso há seis meses, o processo foi retomado e concluído com a sentença de 10 anos de reclusão em regime fechado.

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