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Homem com deficiência intelectual é assassinado a tiros no bairro do Una

Crime contra Jairo Souza Barros, de 48 anos, chocou a comunidade onde ele morava

Vito Gemaque

Um homem com deficiência intelectual foi assassinado na tarde desta sexta-feira (06/09) no pátio da sua residência, no bairro do Una, em Belém. Jairo Souza Barros, de 48 anos, conhecido pelo apelido de Dentinho, foi assassinado com três tiros por volta das 16h, na rua Tancredo Neves, antiga passagem Santo Antônio. Ninguém viu o criminoso. O crime chocou familiares e os moradores do bairro que confirmaram que Jairo não era uma pessoa violenta.

Segundo vizinhos e familiares, Jairo sempre ficava sentado na frente de sua residência de tarde. Como qualquer outro dia, ele estava na frente da casa quando o assassino chegou, efetuou os disparos e fugiu. A rua estava deserta na hora do homicídio

Há aproximadamente 15 anos, Jairo foi preso. Na época, ele era usuário de drogas, mas todos com quem a reportagem conversou relataram que a vítima mudou após a prisão. Ele foi diagnosticado com transtorno mental, possuía vários laudos e tomava remédios controlados. Atualmente, Jairo fazia tratamento e frequentava uma igreja evangélica.

Familiares e vizinhos relataram que Jairo era muito agitado quando não tomava os remédios. Ele discutia e gritava com as pessoas que passavam pela rua, mas nunca foi agressivo. A suspeita é que Jairo possa ter tido desavença com algum transeunte que não se irritou e matou o homem.

A família de Jairo estava em casa quando o crime ocorreu, mas não eles não viram o criminoso. "A gente estava deitado em casa e só ouviu o barulho de tiro. Ele tomava o remédio dele controlado. Mexia com todo mundo que passasse na rua, até com a gente que somos parentes ele mexia. Nem tudo mundo entende, que ele era uma pessoa com problemas mentais, hoje em dia você fala uma besteira na rua e fazem isso", disse uma familiar de Jairo consternada.

Os vizinhos ficaram surpresos com o homicídio do homem que nasceu e foi criado na passagem Santo Antônio. "Os vizinhos e todo mundo sabia que ele era especial. Quem fez isso é um psicopata. Ele não mexia com ninguém. Era agitado, ficava reclamando. Ficava gritando que tinha laudo disso, daquilo, quando falavam que iam tirar a aposentadoria. Ele andava com os documentos e pedia para a gente ler para ele. Ele era analfabeto", contou uma vizinha sem se identificar. 

Polícia