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Fraudes com créditos florestais geraram prejuízo de R$ 26 milhões; operação desarticula esquema

Área desmatada pela ação criminosa equivale a 100 vezes o tamanho do estádio do Maracarã, diz Polícia Civil do Pará

O Liberal

O prejuízo estimado das atividades de um sistema fraudulento de crédito de carbono no Pará foi de R$ 26 milhões, informa a Polícia Civil do Pará (PCPA). O esquema foi alvo da Operação Dark Wood, que cumpriu, nesta terça-feira (11), nove mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária, realizados, simultaneamente, no Pará e no Distrito Federal

Segundo explica a delegada Ana Paula Fernandes, da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (Decor), o esquema consistia na aquisição de créditos de carbono falsos para operação de extração e venda ilegal de madeira no Pará.

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"Nesse caso específico funcionou com uma licitação, do tipo leilão, que não ocorreu. Com esse leilão, eles começaram a obter crédito florestal ilegal junto à Semas. Teve um ex-servidor que também foi preso hoje que facilitou a emissão dessas guias, mesmo sabendo que os documentos do leilão eram falsos", conta a delegada.

 A delegada destaca, ainda, que além do prejuízo financeiro, a atividade dos madeireiros envolvidos gerou um grande impacto ambiental. Eles chegaram a obter um crédito florestal de mais de 13 mil metros cúbicos de madeira, concedido de maneira indevida, o que foi rapidamente questionado pelas outras empresas madeireiras de dentro e fora do Estado. A quantidade de material apreendido equivale a 100 estádios do Maracanã - estima a delegada.

"A operação ocorrida hoje iniciou às 6h da manhã de forma simultânea no Pará e em Brasília e todos os presos já foram encaminhados para a central de triagem. No Pará, houve prisões em Uruará, Novo Progresso, Belém e Santa Bárbara", diz Ana Paula Fernandes.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, a investigação foi iniciada em 2019, após uma associação criminosa simular, por meio de documentos falsos, leilões de produtos florestais supostamente realizados pelas prefeituras de Itaituba e Novo Progresso.

Polícia