Famílias com desaparecidos devem procurar a Polícia Científica para identificar possíveis corpos
Vários cadáveres sem identificação estão na instituição e aguardam para ser reconhecidos
![fonte](/img/ic-fonte.png)
A Polícia Científica do Pará (PCEPA) solicita que a população que tenha pessoas desaparecidas na família procure o órgão para identificar corpos desconhecidos que deram entrada no Instituto Médico Legal (IML). Atualmente, mais de 60 corpos estão no Instituto de Medicina e Odontologia Legal ‘Renato Chaves’ (Imol) aguardando identificação.
O serviço de reconhecimento de corpos ignorados é divulgado pela PolíciaCientífica, que integra o Banco Nacional de Desaparecidos. Os corpos ignorados são aqueles que se encontram na Instituição sem nenhum tipo de identificação. Pessoas que tenham algum membro da família desaparecido devem comparecer à sede da PCEPA para buscar no banco de dados um possível reconhecimento.
O diretor do Imol, Hinton Barros Cardoso Júnior, explica que o órgão tem até 15 dias para registrar, em cartório, o óbito do corpo ignorado. Geralmente, com 30 dias, se não houver procura e identificação, o corpo é enterrado em cemitérios públicos da região.
“Corpos em decomposição, que não podem entrar na câmara fria, enterramos antes de 15 dias. Os que estão conservados na câmara fria, a determinação é que a inumação (enterro) seja a partir de 30 dias, porque com 15 dias fazemos as publicações para as pessoas terem conhecimento e virem reconhecer aqui. Depois de terem sido feitos todos os trâmites, que são o registro em cartório e a publicação, aí é realizado o enterro”, ressalta.
Alguns dos corpos que estão no Imol aguardando identificação serão enterrados ainda nesta semana. Outros serão doados para universidades que solicitam para a utilização em fins acadêmicos, nas faculdades de medicina, exclusivamente.
Banco de Dados
Todos os corpos que são periciados no Imol são registrados e, mesmo depois de enterrados, é possível a família confirmar a identidade através do Banco de Dados.
“Todo ignorado segue um protocolo com coleta de material para o banco de dados de DNA, isso é obrigatório, sendo o procedimento preconizado pelo Banco de Pessoas Desaparecidas, além de uma determinação do Ministério Público de que se faça essa coleta, então isso fica guardado no banco de dados de genética. Ficamos também com o prontuário completo. Desde a requisição de exames e tudo que é feito com ele, até a certidão de óbito. Então, ele tem um prontuário completo”, explica.
No prontuário do corpo ignorado ficam registros fotográficos, levantamento de arcada dentária, características físicas, DNA e informações sobre onde o corpo foi enterrado, caso já tenha ocorrido. Caso a família identifique depois do enterro ter acontecido, é possível pedir a exumação do corpo para enterrar em outro local de preferência da família.
Devido ao baixo número de famílias que comparecem à instituição para reconhecimento dos corpos, o órgão reforça a importância da população buscar parentes desaparecidos utilizando o serviço de banco de dados.
Serviço
Polícia Científica do Pará - Instituto de Medicina e Odontologia Legal Renato Chaves
Endereço: Av. Mangueirão, 174-176 - Mangueirão, Belém.
Horário: Segunda a sexta-feira, de 8h às 12h.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA