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BUSCA

Familiares buscam corpo de menino de 8 anos que se afogou em Soure, no Marajó

Parentes pedem também que não divulguem informações falsas sobre a localização do corpo da criança

Redação Integrada

Familiares do menino André Leal Macêdo Neto, de 8 anos, que desapareceu nas águas da praia de Barra Velha, em Soure, no Arquipélago do Marajó, continuam as buscas pelo corpo de criança. Desesperados, os parentes do garoto conversaram com exclusividade com a redação integrada do jornal O Liberal sobre a procura pelo cadáver da criança. As buscas, segundo eles, estão sendo feitas quase que unicamente por parentes, amigos e moradores da localidade, de forma incessante. Divididos em grupos, eles procuraram pelo corpo do garoto 24h por dia, em praias, igarapés e comunidades ribeirinhas desde o desaparecimento do menino, na última quarta-feira (5). 

A procura por André já dura 3 dias e a angústia da família só aumenta. "Nós estamos fazendo buscas direto, as buscas são praticamente só familiar. Estamos procurando em todas as praias, em todos os igarapés, em todas as comunidades. Queremos pelo menos o corpo dele, para dar um enterro digno", falou, entristecida, a tia do garoto, Lucideia Barbosa.

Pescadores da localidade acreditam que o corpo da criança pode aparecer nas praias de Vigia, Colares e outras praias vizinhas, por conta da correnteza. André era moreno e no dia de seu desaparecimento usava uma bermuda de moletom cinza.

A família fez ainda um apelo para que as pesoas não divulguem informações falsas sobre a localização do corpo do menino para não atrapalhar as buscas e agravar o sofrimento da família. "Disseram que acharam o corpo de uma criança em Vigia, depois em outro canto, mas não houve confirmação. A gente fica numa aflição enorme, só aumenta nossa tristeza. A família está desesperada, destruída. Pedimos que parem de dar pistas falsas", suplicou a tia do menino. 

DESAPARECIMENTO

O menino estava na praia na companhia de uma outra tia e de um primo. Segundo informações de testemunhas, a maré, no momento do desaparecimento, estava baixa, e fez com que André e os familiares se afastassem muito da beira. 
Morador de Soure, o menino não costumava visitar a praia com frequência, mas, a pedido da tia, foi permitido que ele fosse passear na praia da Barra Velha. A avó do garoto inclusive teria instruído a tia dele a não deixar que ele ficasse sozinho na água. 
Testemunhas disseram à família que os adultos presentes estavam fazendo fotos e passando protetor solar e por isso não prestaram atenção na criança. Por volta de 16h, o garoto sumiu, arrastado pelas ondas da praia. Uma outra criança, percebendo que André estava sendo levado pela correnteza, ainda tentou salvá-lo, mas não conseguiu puxá-lo para a superfície e também quase se afogou. 

Bombeiros do 18º Grupamento de Salvaterra já retomaram, nesta manhã, as buscas pelo corpo da criança, com uso de lanches e mergulhadores. 

Polícia