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Família procura por mulher que desapareceu, após sair para um churrasco com amigos

Um casal de amigos é o principal suspeito de ter envolvimento com o sumiço de Dayane do Carmo Silva e Silva, de 32 anos

Ana Laura Carvalho

O desaparecimento de Dayane do Carmo Silva e Silva, de 32 anos, completa um mês no próximo sábado, 3 de julho, e, até agora, a família não tem nenhuma resposta para o caso. A jovem saiu de casa no dia 3 de junho para participar de um churrasco com amigos, no bairro da Guanabara, em Parauapebas, e nunca mais foi vista. Apenas a moto dela foi encontrada abandonada, na zona rural do município, dias depois do sumiço.

A suspeita, de acordo com a família, é de que um casal de amigos seja o principal responsável pelo desaparecimento, pois eles foram as últimas pessoas com quem ela teve contato. O caso ainda é cercado de mistérios, dizem os familiares, porque a ligação que Dayane teria recebido, convidando-a para o churrasco partiu de um dos telefones do casal, que teria sido preso um dia antes do sumiço da jovem.

“Na quinta-feira do feriado [de Corpus Christi], ela saiu por volta de 11h40, para esse churrasco. Mas, antes de sair, ela recebeu uma ligação do telefone de um colega dela que tinha sido preso na quarta-feira à noite, junto com uma mulher. E aí fica nosso questionamento sobre quem estava com o telefone desse amigo, se ele estava preso? Quem teria ligado para a minha irmã para esse suposto churrasco?”, questionou a irmã de Dayane, Victória Walesca.

“Quando foi por volta de uma e meia da tarde, ela não respondia mais mensagem. Foi quando a minha mãe começou a se preocupar, porque ela sempre foi uma pessoa muito dedicada com os três filhos dela, respondia rápido qualquer mensagem que a gente mandava para ela. A gente tinha esperança de que o celular dela tivesse descarregado, algo assim, mas virou o dia e não tínhamos nenhuma resposta. Esperamos dar as 24h para registrar o Boletim de Ocorrência e já vamos fazer um mês nesse sofrimento de não saber o que aconteceu com a Dayane”, completou.

O sofrimento da família de Dayane teria comovido uma pessoa, que telefonou anonimamente para os parentes da jovem, informando que supostamente ela estaria morta e enterrada em uma chácara na zona rural de Parauapebas. “A gente fez algumas averiguações nessa área que falaram, junto com quatro civis, mas não tem pessoas especializadas para fazer uma busca mais a fundo. Tem que ter uma equipe com conhecimento de mata, bombeiros, um cão farejador, para entrar e procurar porque a área é um pouco extensa”, explicou Victória. Em nota, a Polícia Civil do Pará disse que segue investigando o caso. Qualquer informação que auxilie na apuração pode ser repassada pelo Disque Denúncia 181, com sigilo garantido.

Dayane trabalhava como vendedora em uma loja de confecções femininas, no centro comercial de Parauapebas. Segundo a irmã dela, a hora mais difícil do dia é a de dar explicações para os três filhos, que sempre perguntam pela mãe, no horário em que ela costumava chegar do trabalho. “Os três filhos dela estão sofrendo. O mais novo, de sete anos, é especial e a angústia da minha mãe é muito grande, principalmente quando dá o horário que ela chegava do trabalho. Está sendo muito difícil para nós ter uma criança que pergunta pela mãe todos dias. Quando você tem alguma notícia, é uma coisa. Mas agora quando não, o que a gente fala?”, lamentou.

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