Família de paraense encontrada morta na França não pretende trazer o corpo para o Brasil
A decisão se deu em respeito ao pedido da vítima de ser enterrada em Paris
A família da mulher transexual paraense Beatriz Souza, de 38 anos, encontrada morta dentro de um apartamento, na madrugada de segunda-feira (7), em Paris, na França, não pretende trazer o corpo dela para ser enterrado em Belém. A reportagem de O LIBERAL fez contato com uma fonte ligada aos familiares que informou que, até o momento, os parentes, sobretudo a mãe da jovem, deverão respeitar o pedido que Beatriz teria feito semanas antes de morrer.
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“Umas duas ou três semanas antes de acontecer isso, ela tinha pedido para a mãe dela que, se um dia acontecesse algo, ela queria ser enterrada lá. Então, a mãe dela está se organizando para ir para lá atender a vontade dela”, contou um primo de Beatriz, que não quer ser identificado. Ele acrescentou que a mãe de Beatriz está em contato com as autoridades francesas para tratar dos procedimentos burocráticos entre os países.
Ex-companheira é a principal suspeita, diz familiar
O rapaz detalhou, ainda, que a principal suspeita de ter envolvimento direto na morte de Beatriz, identificada apenas pelo prenome Pietra, ex-companheira da vítima, já possuía histórico de violência. As autoridades policiais do Brasil e da França, porém, ainda não confirmaram oficialmente essa linha de investigação.
“Um amigo meu já viveu um tempo com elas duas lá. Ela (Pietra) batia muito na Bia. Ele contou também que a Pietra dizia que não gostava da Bia, mesmo ainda estando no relacionamento com ela. Por isso, a gente acredita que tem muito dedo da Pietra nisso tudo”, afirmou.
Procurada ao longo desta quarta-feira (9), a Polícia Federal no Pará prometeu publicar nota a respeito da apuração do caso e detalhar como as investigações sobre a morte em Paris se darão, pela polícia francesa. O LIBERAL também pediu informações sobre como funciona a investigação internacional num caso como esses. No início da noite, a PF no Pará limitou-se a dizer que essas informações só serão prestadas pela PF em Brasília (DF). A redação integrada de O LIBERAL ainda aguarda mais informações.
A reportagem ainda tenta contato com o consulado da França em Belém, e com a Embaixada Brasileira na França, para ter mais detalhes sobre a apuração e sobre o possível traslado do corpo para o Brasil, mas ainda não tivemos retorno. Acompanhe.