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Família de funcionária de banco é feita refém em Anapu

Quadrilha estava em busca de uma quantia de R$ 200 mil, guardada na agência bancária

Ana Laura
fonte

Uma funcionária de uma agência do Banpará de Anapu, no sudoeste paraense, foi vítima do crime conhecido como “sapatinho” na madrugada desta terça-feira (15). Era por volta das 2h30 da madrugada quando dois homens não identificados e armados conseguiram entrar na casa da funcionária e acordar o marido e o filho dela, mantendo todos como reféns, sob constantes ameaças. Procurada, a Polícia Civil do Pará informou que investiga o fato ocorrido no município de Anapu, no sudoeste do estado, e solicitou perícia para entender a dinâmica do crime.

"Diligências estão sendo realizadas por órgãos que compõem o sistema de segurança pública do Estado, incluindo agentes da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, da PC-PA. Qualquer informação que possa ajudar na investigação, pode ser repassada para o Disque-Denúncia 181. A ligação é gratuita e o sigilo e garantido', diz um trecho da nota da PC.

O Banco do Estado do Pará também se pronunciou por meio de nota, infomando que "a família da funcionária da agência Anapu foi solta pelos assaltantes e não houve dano físico a nenhum familiar. O Banpará informou ainda que em todos os casos de assalto ou sequestro presta assistência ao funcionário e sua família, bem como garante o acompanhamento médico e psicológico, além de liberar o funcionário vitimado da jornada de trabalho para a realização de tratamentos de saúde durante os dias necessários".

O CRIME

Por volta das 5h da madrugada, chegaram outros dois suspeitos. A todo momento, a quadrilha dizia que queria uma quantia de R$ 200 mil, guardada na agência onde ela trabalha. Exigentes, os criminosos informavam como deveria estar o dinheiro que buscavam. “Não queriam dinheiro velho, nem rasgado, diziam que queriam notas novinhas”, detalhou Vera Paoloni, vice-presidente do Sindicato dos Funcionários do Banpará.

Segundo ela, os criminosos indagaram à funcionária sobre o horário em que ela deveria iniciar o expediente de trabalho na agência bancária, informando que iriam leva-la até lá. “Eles a orientaram a entrar e pegar o dinheiro, sem dar nenhum sinal do que estava acontecendo. Caso contrário, iriam matar o marido e o filho dela, que está inclusive se recuperando de uma fratura na perna”, complementou Paoloni.

“Depois disso, ela entrou na agência, pegou uma quantia aproximada do que os bandidos queriam e foi entregar para eles, que aguardavam a alguns metros do banco. O gerente não desconfiou de nada. Mas depois ele ligou para ela e o celular já dava fora de área. Só aí que ele foi ver que era um assalto. Tudo isso durou até meio-dia. Depois abandonaram a família numa estrada de terra e, provavelmente, fugiram para os lados de Altamira”, comentou Paoloni.

Depois do susto e do trauma, a funcionária e a família conseguiram caminhar até uma estrada, onde pegaram carona, para voltar à agência bancária e, em seguida, registrar o boletim de ocorrência na delegacia da cidade. A reportagem entrou em contato com o Banpará e com a Polícia Civil do Pará, que ainda não deram retorno sobre o caso.

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