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Família perde tudo em incêndio no bairro da Condor

Chamas destruíram andar superior do imóvel

Byanka Arruda

Um incêndio de grandes proporções destruiu completamente o andar superior de uma residência situada na Avenida Alcindo Cacela, entre as passagens 21 de Abril e Orquídea, no bairro da Condor, em Belém. Não houve vítimas graves, mas as perdas materiais foram enormes. Os moradores do local ficaram atônitos e desesperados diante da tragédia que consumiu quase tudo o que tinham em poucos minutos.

De acordo com a proprietária do imóvel, a cozinheira e vendedora autônoma Alessandra Carolyne Menezes, de 30 anos, o incêndio começou por volta de 17h, e se alastrou rapidamente por todos os cômodos do andar superior da residência. Ela havia acabado de deixar o local para entregar refeições, como faz todos os dias, carregando no colo o filho mais novo, de apenas nove meses, quando aconteceu a ocorrência. No momento do incêndio, dois dos três filhos da cozinheira ficaram em sua casa. O menino de 9 anos e a menina de 3 aguardavam o retorno da mãe no andar debaixo do imóvel quando uma tia deles, que mora ao lado, notou uma grande quantidade de fumaça vinda do andar de cima da casa e rapidamente os retirou do local. 

O incêndio consumiu toda a estrutura superior da casa, que desabou em poucos minutos. Vizinhos auxiliaram como puderam, utilizando baldes e garrafas, mas as chamas não abrandavam. Uma viatura do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, que passava no local no momento do incidente, foi parada pela população. Os bombeiros atenderam a ocorrência e debelaram as chamas em menos de uma hora, mas a destruição era irreparável. 

A família viu praticamente tudo o que construiu nos últimos anos ruir e virar cinzas: roupas do casal e das crianças, sapatos, brinquedos, móveis, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos... não sobrou nada. Ou quase nada. Em meio a agonia, eles ainda conseguiram salvar uma geladeira que haviam comprado recentemente. Foi apenas este objeto de valor que restou da combustão. "Quando me contaram, ainda na rua, que minha casa estava pegando fogo, eu deixei o meu filho no colo de uma amiga e corri. Eu me tremia inteira. Já chorei tanto, pensando em tudo o que perdi... Foi praticamente tudo, não sobrou muita coisa. A minha maior preocupação são os meus filhos, que agora não têm o que vestir, o que calçar. Eu e meu marido, nós damos um jeito, isso é o de menos, mas as crianças...", falou a cozinheira, emocionada. "Eu agradeço a Deus por não ter acontecido nada com meus filhos, apesar de todas as perdas. Mas o resto, a gente tem saúde, a gente trabalha e constrói tudo de novo, do zero". 

No tumulto, ainda houve quem se aproveitasse da tragédia familiar para roubar o único dinheiro que ela possuía em casa, cerca de R$ 300. 

Alessandra, o esposo e os três filhos deixaram a casa. "Os bombeiros disseram que vai ter que derrubar toda a parede de cima, não sei como vamos fazer. Eu recebo bolsa, preciso de auxílio para as crianças, sou baixa renda. Não sei como vou recomeçar", contou, preocupada.

As causas do incêndio ainda são desconhecidas. O laudo dos Bombeiros, apontando a origem da ocorrência deve ficar pronto em até 30 dias. Quem puder ajudar a família de Alessandra doando roupas e sapatos para crianças (um bebê de nove meses, uma menina de três anos e um menino), para adultos (um homem e uma mulher), móveis, eletrodomésticos, e outros objetos, pode entrar em contato com a irmã dela, por meio do número 98874-9686. 

Polícia