Falso oftalmologista que atendia em clínica de Belém é preso pela Polícia Civil
O suspeito foi autuado na manhã desta sexta-feira (27/12) após tentar fugir da ação policial
Um homem que atuava como falso oftalmologista em Belém foi preso pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (27/12). Conforme a PC, o suspeito atendia pacientes em uma clínica particular localizada na avenida Tavares Bastos, na capital paraense. Várias provas que comprovam a fraude também foram apreendidas no estabelecimento do investigado.
A ação foi realizada por meio da Delegacia do Consumidor (Decon). Conforme as informações da PC, a investigação teve início após uma denúncia de que o investigado estaria utilizando o nome de um oftalmologista que já faleceu para realizar atendimentos na clínica.
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Após apuração preliminar, a equipe da Decon foi até o local, onde encontrou o suspeito. “Ao ser abordado pelos agentes, o indivíduo demonstrou nervosismo e tentou fugir. No entanto, durante a fuga, ele colidiu com o muro da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seinfra) e foi alcançado pela equipe”, informou Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará.
No momento da colisão, o investigado foi abordado e confessou o crime. Conforme a PC, o homem revelou o nome verdadeiro, foi preso e conduzido à delegacia. A equipe policial retornou à clínica onde o investigado atuava e encontrou evidências que comprovam a fraude, incluindo carimbos falsificados em nome de médicos verdadeiros. Além disso, foram apreendidos um computador, celular e diversos documentos.
O suspeito está à disposição da Justiça e deverá responder pelos crimes de falsidade ideológica, conforme o Art. 299 do Código Penal Brasileiro, e exercício ilegal da profissão, conforme o Art. 47 do Decreto-Lei 3688/41.
Segundo o diretor da Decon, delegado Yuri Vilanova, a identificação desse tipo de fraude ocorre em parceria com os conselhos de classe profissionais. “Estamos identificando pessoas que se passam por falsos médicos, engenheiros, entre outros, com o objetivo de prendê-los e evitar que façam novas vítimas”, declarou.
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) esclareceu que a prisão do falso oftalmologista trata-se de caso de polícia, porque, se não é médico, caracteriza-se exercício ilegal da medicina.
"O CRM-PA somente pode aplicar o Código de Ética Médica a profissionais inscritos neste órgão de classe. Vale ressaltar que no site do CRM Pará há o item 'Pesquisa por Médico/Busca por Médicos', onde qualquer pessoa pode acessar para saber se o profissional está devidamente inscrito no CRM", completa o comunicado do CRM.