FAB e PF fazem levantamento do local onde avião caiu em Barcarena
Três corpos foram localizados entre os destroços das aeronave. Nenhum deles foi reconhecido oficialmente
Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), da Força Aérea Brasileira (FAB), e agentes da Polícia Federal (PF) realizarão, neste sábado (11), um levantamento do local onde caiu um avião monomotor em uma área rural de difícil acesso de Barcarena, nordeste do Pará. Moradores da região encontraram a aeronave na tarde de sexta-feira (10) e acionaram as autoridades.
O sargento Carvalho, do 6º Grupamento de Bombeiro Militar (6º GBM), conversou com a reportagem por telefone. Ele confirmou que três corpos foram localizados entres os destroços do avião, sendo dois masculinos e um feminino. “O Corpo de Bombeiros vai prestar apoio ao Cenipa e à PF e conduzir as equipes até o local. Três pessoas estavam dentro da aeronave. Mas, até o momento, as vítimas não foram reconhecidas por conta das condições em que elas foram encontradas”, disse ele.
A aeronave de matrícula PR-GJE foi localizada na comunidade São Felipe, no ramal do Linhão, próximo da estrada do Arapari. No local onde o avião caiu, foram encontrados documentos em nome de Sílvio Cezar de Morais, piloto de 46 anos, natural de Potirendaba, São Paulo; e Márcio Antônio Neiss, empresário de 44 anos, natural de Xanxerê, Santa Catarina. A mulher foi identificada como Meilene Cristina Cirino Neiss, da mesma cidade catarinense. Porém, ainda não há nenhuma confirmação oficial de que Sílvio, Márcio e Meilene sejam as vítimas encontradas mortas.
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Uma fonte ligada à polícia disse que, a princípio, o avião havia saído de Paragominas, sudeste do Pará, com destino a Belém. O Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I), órgão regional do CENIPA, responsável por investigar ocorrências aeronáuticas, farão a ação inicial do acidente. Nesse momento, de acordo com a FAB, são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado, que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação.
A Força Aérea destacou que a investigação terá o “menor prazo possível”, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou ainda na sexta (10), que auxiliou no trabalho com equipes do Corpo de Bombeiros do Pará e da Polícia Civil, e que a responsabilidade pelas investigações é da FAB.