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Ex-policial militar é condenado a 14 anos de prisão por assassinato de jovem em Mosqueiro

Ketlen Mendes Cabral foi assassinada a tiros enquanto amamentava sua filha de apenas 11 meses

O Liberal

O policial militar reformado Edvaldo Coelho Magalhães foi condenado a 14 anos de prisão nesta terça-feira (28) pelo assassinato de Ketlen Mendes Cabral, de 22 anos. O julgamento ocorreu na sede do Fórum Cível da Capital, no bairro da Cidade Velha, em Belém. O crime, ocorrido em 2021. Ketlen foi assassinada dentro de sua casa na alameda Netuno, na Baía do Sol, distrito de Mosqueiro. No momento do ataque, ela amamentava sua filha de apenas 11 meses. O executor invadiu a residência e disparou contra a vítima. No primeiro tiro, Ketlen caiu com a bebê no colo. Ela tentou fugir, mas foi atingida por outros disparos e não resistiu.

A motivação do crime não foi revelada pela polícia, mas há suspeitas de que Ketlen foi morta por supostamente ser companheira de um traficante, e a execução teria sido um recado de seus assassinos.

Na época, a Polícia Militar prendeu três suspeitos: Edvaldo Coelho Magalhães, Guilherme Ítalo Pereira Soares e Rafael de Oliveira Grande. Os homens foram capturados em flagrante, com características que batiam com as descrições repassadas por testemunhas. Dentro do veículo em que estavam, foi encontrada uma pistola calibre .380, e cápsulas deflagradas no local do crime foram analisadas e relacionadas à arma apreendida. Imagens de câmeras de segurança e depoimentos reforçaram as provas contra os acusados. Os outros dois envolvidos no caso ainda respondem a processo separado.

O julgamento

Durante o julgamento, Edvaldo permaneceu em silêncio, recusando-se a responder às perguntas do juiz, da promotoria e até de sua própria defesa. Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o réu foi submetido a exame de sanidade, já que a defesa alegava que ele sofria de esquizofrenia. O laudo, no entanto, concluiu que, apesar do transtorno, Edvaldo tinha plena consciência da ilicitude de seus atos, embora apresentasse dificuldade em se controlar.

A pena base foi fixada em 21 anos de reclusão, mas, por ser considerado semi-imputável, o réu teve a sentença reduzida em um terço, resultando em 14 anos de prisão em regime fechado. Foi negado ao condenado o direito de apelar em liberdade.

Polícia