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Estudantes do ensino médio denunciam assédio sexual em escola de Belém

Alunos colocaram cartazes e riscaram espelhos com mensagens denunciando o caso

Byanka Arruda

Um grupo de estudantes da Escola Estadual Dr. Ulysses Guimarães, bairro de Nazaré, em Belém, denunciou à redação integrada de O Liberal que duas alunas do segundo ano do Ensino Médio foram vítimas de assédio sexual por um estudante da mesma série. O caso teria acontecido na última terça-feira (29).

O estudante que teria cometido o assédio, conforme os relatos dos alunos, disse palavras obscenas e mostrou o genital para as duas adolescentes durante o intervalo das aulas. As jovens, então, levaram o caso à direção da escola e, no mesmo dia, uma guarnição da Polícia Militar esteve na instituição de ensino apurando as circunstâncias da denúncia.

O caso revoltou os estudantes, que disseram que a escola não tomou nenhuma medida em relação ao caso.

Indignados, espalharam cartazes e escreveram nos banheiros e no portão da escola mensagens de denúncias como "Assédio não!" e "A escola tolera assédio, mas não tolera 10 minutos de atraso". Também foram publicadas mensagens de apoio às estudantes assediadas nas redes sociais.

CIPOE ESTEVE NA ESCOLA

A reportagem de O Liberal entrou em contato com a Polícia Militar para apurar o caso. Em nota, a corporação informou que uma equipe da Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe) "compareceu preventivamente", na tarde de quinta-feira (31), à Escola Estadual Ulysses Guimarães e que foi chamada para "verificar um suposto caso de assédio sexual, ocorrido dentro de sala de aula".

A Polícia Militar disse ainda que, segundo informações levantadas pelos policiais, "um adolescente teria passado a mão por cima da blusa de uma colega de sala, também menor de idade, próximo à região dos seios da jovem". A corporação confirmou também que, ao chegarem ao local, os responsáveis dos jovens envolvidos e a diretora da unidade escolar foram chamados para esclarecimentos.

Embora a Polícia Militar não tenha sido acionada, por meio do Centro Integrado de Operações Especiais (Ciop), e o caso não tenha sido registrado na Polícia Civil do Estado, a comandante da Cipoe, major Simone Chagas, acionou uma equipe para verificar o caso e garantir todo o apoio necessário à direção da escola e garantir a segurança no local", acrescenta a Polícia Militar em seu comunicado sobre o caso.

A reportagem de O Liberal também entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) para comentar o episódio e aguarda resposta.

Polícia