Estado adota estratégias para fortalecer o combate ao tráfico de drogas no Pará
Em 2022, houve a apreensão de mais de 3,2 toneladas de entorpecentes, informou a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social
Mais de 3,2 toneladas de drogas foram apreendidas no ano passado, informou a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social. Ainda conforme a Segup, de janeiro a dezembro de 2019 foram apreendidas 3,4 toneladas de drogas (cocaína e maconha) em todo o território paraense.
Em 2020, no mesmo período, o volume apreendido chegou a 10,9 toneladas de entorpecentes; em 2021, foram 10 toneladas. Tudo é incinerado após os procedimentos judiciais.
O Brasil faz fronteira com três grandes produtores mundiais de cocaína: Bolívia, Colômbia e Peru. Ainda que o Pará não esteja no perímetro fronteiriço, acaba sendo uma das principais rotas visadas por traficantes de drogas devido à grande extensão territorial, acessos por rios e estradas e possíveis pontos de exportação, diante da proximidade dos portos com outros países.
E, com base nessa realidade, o governo do Estado, por meio da Polícia Civil, põe em prática várias estratégias para fortalecer o combate ao tráfico nacional e internacional.
"O rio Amazonas, a rodovia Transamazônica (BR-230), assim como o porto de Vila do Conde, em Barcarena, que é um dos portos mais próximos da Europa e dos Estados Unidos, atrativo para essa modalidade criminosa, são exemplos de espaços em que intensificamos nossa atuação de combate ao tráfico”, disse o titular da Segup, Ualame Machado.
Ele acrescentou que os números dos últimos anos, com muitas toneladas de drogas apreendidas, demonstram a importância da nossa atuação, de forma integrada, com as demais forças de segurança do Estado, assim como a a articulação do Estado com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.
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Interceptar essas drogas é fundamental porque tira o dinheiro do tráfico
Na última quarta-feira (18), a Polícia Civil deflagrou a Operação "Rio Amazonas" e apreendeu aproximadamente 1,5 tonelada de entorpecentes e 12 toneladas de pescado, transportados em uma embarcação interceptada próximo ao Estreito de Óbidos, na região Oeste.
Três tripulantes foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, e ainda podem ser responsabilizados por crime ambiental devido às condições de acondicionamento e transporte do pescado.
"Interceptar essas drogas é fundamental porque tiramos o dinheiro do tráfico, o que, automaticamente, enfraquece o crime organizado. Esse dinheiro, provavelmente, seria investido em compra de armamento, reinvestido em mais drogas ou em outros tipos de crime, o que dificultamos a partir das apreensões", afirmou o delegado Fausto Bulcão, titular do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc).
O secretário Ualame Machado também ressaltou os avanços em equipamentos e estrutura física destinados ao combate ao tráfico de drogas. "Nós investimos em equipamentos de inteligência, visão noturna, visão termal. Na área fluvial, que é o principal corredor de droga no Estado, estamos com mais de 80 embarcações no Grupamento Fluvial (Gflu), sendo três delas blindadas, o que é importante no combate ao tráfico".
Ele acrescentou: "Construímos a Base Fluvial 'Antônio Lemos', em Breves, e neste ano estamos iniciando o processo de licitação para mais duas bases fluviais, em Abaetetuba (região do Tocantins) e em Óbidos (Baixo Amazonas)". Em 2022 foi registrada queda de 28% nos crimes praticados em área fluvial, em comparação ao mesmo período de 2021.
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