Esposas de policiais fazem novo protesto em Belém
Ato é reação ao cancelamento de reunião prevista para a manhã desta quarta com o Governo do Estado
Um grupo formado por 15 mulheres, esposas de policiais militares, ocupa a frente do antigo prédio do 2º Batalhão da Polícia Militar, na avenida Assis de Vasconcelos, em Belém. A movimentação ocorre horas após o governo do estado cancelar uma reunião previamente marcada para a manhã desta quarta-feira (29). As manifestantes secaram os pneus de uma viatura da PM. Ninguém entra ou sai do local.
A iniciativa do "Movimento Pará Pede Paz" é, segundo os organizadores, tirar os policiais militares das áreas de risco. "Eles fazem a segurança e não têm a segurança própria para eles mesmos. Estamos pedindo ao governador, ao secretário de Segurança Pública e para o comandante da Polícia Militar para que se manifestem e passem uma proposta de moradia digna. Mas enquanto não saírem os conjuntos habitacionais, estamos em busca de uma auxílio aluguel social para o policial militar, e com prazo estipulado, juntamente com um prazo estipulado para o conjunto habitacional", afirmou uma das mulheres, que não quis se identificar.
Elas também querem o aumento do soldo (salário base) dos policiais militares, congelado há 5 anos. Ela afirmou que, na campanha eleitoral, Helder disse que ia fazer a diferença. "Mas, até agora, não encontramos a diferença de que ele tanto falou. Queremos respostas. Respostas concretizadas, documentadas e com prazo. Não adiantam mais palavras", disse. Também disse que, no quartel do 2º BPM, onde estão concentradas, elas revistam as mochilas dos policiais militares. "Daqui, eles não vão sair com o material deles para não ser coagidos, nas ruas, por vagabundos e criminosos", disse.
A manifestante afirmou ainda que as mulheres dos policiais militares não estão furando pneus das viaturas. "Estamos secando, mas não estamos quebrando, nem cortando e nem furando. Estamos secando para evitar o policiamento, para ver se o governo se manifesta e dar uma resposta pra gente". Ela disse, ainda, que mesmo movimento está começando agora em Castanhal e Santarém. "E pretendemos expandir para outros batalhões", disse. "Nossa reivindicação, agora, é a segurança do policial militar. Se você não tem salário bom, não vai ter uma moradia digna", acrescentou.
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