Escola onde menina foi raptada em Belém não tem porteiros contratados, admite Seduc
Apenas um vigilante noturno atua na 15 de Outubro, no Guamá: contratações estariam sendo providenciadas
A Escola Estadual de Ensino Fundamental 15 de Outubro, onde uma estudante de 9 anos foi raptada esta segunda-feira (1), durante uma aula de educação física, na avenida José Bonifácio, no bairro do Guamá, não tem porteiros e conta apenas com um vigilante - disponível apenas no período noturno. É o que admitiu, no início desta noite (2), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), após a insistência da reportagem de O Liberal em obter respostas a questionamentos sobre a segurança garantida ao estabelecimento de ensino estadual onde ocorreu o episódio e também às demais escolas do Pará.
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Em nota encaminhada à redação, a Seduc confirmou que a escola estadual 15 de Outubro conta com apenas um vigilante, "contratado para o período noturno". A Seduc alega que a contratação de mais um servidor de segurança para a escola 15 de Outubro está em análise, e justifica a contratação: "para aumentar a segurança do patrimônio da escola".
SEM PORTEIROS
Sobre a lotação de porteiros não disponíveis para a escola 15 de Outubro no período diurno, a Seduc diz que a função deveria ser desempenhada por ocupantes do cargo de Auxiliar Operacional, "o qual a escola não conta com lotação atual", admite a secretaria.
Segundo a Seduc, no entanto, a "Unidade Seduc na Escola - USE 06, responsável hierarquicamente pela unidade [escolar] em questão", estaria providenciando "remanejamento de servidor para atender a demanda, o que será resolvido ainda esta semana".
A secretaria de educação diz ainda que a USE 06 também já estaria providenciando a formalização de "processo indicando as escolas sob sua responsabilidade, dentre elas a 15 de Outubro, para possível contratação de pessoal terceirizado, na função de Agente de Portaria, para fins de resolver o problema apresentado".
APURAÇÃO
A Polícia Civil está investigando o rapto da estudante de 9 anos da escola 15 de Outubro, ocorrido na tarde desta segunda-feira (1), no estabelecimento de ensino localizado na avenida José Bonifácio, no Guamá.
A Seccional Urbana do Guamá diz que está tentando produzir um retrato falado do casal suspeito de ter cometido o rapto da criança. A menina só foi encontrada quase três horas depois, pela própria família, na Praça Brasil. A menina estava com o casal de raptores quando foi avistada pela avó que a procurava, pela janela de um ônibus.
Os suspeitos fugiram em um carro ainda não identificado após a aproximação da avó. A polícia está efetuando buscas e tenta elucidar o caso.