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'Encaramos como crime organizado', diz Ualame Machado sobre prisão de torcedores em Belém

A fala do secretário de Segurança Pública do Pará aconteceu durante uma coletiva de imprensa nesta terça (24/9), dia após a prisão de 239 torcedores dos clubes do Paysandu, Remo e Sport Recife, após confronto na avenida Almirante Barroso

Dilson Pimentel e Saul Anjos

Os 239 torcedores dos clubes do Paysandu, Remo e Sport Recife, presos na segunda-feira (23/9), após confronto na avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco, em Belém, já foram apresentados ao sistema penitenciário. O secretário de Segurança Pública do Pará (Segup), Ualame Machado, durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (24), afirmou que eles deixam de ser integrantes de torcidas organizadas para se tornar criminosos organizados.

“A gente entende que as organizadas são um tipo de agremiação que dá força ao clube. Ficou muito claro para nós que a ideia deles não é apoiar o time, porque acabam prejudicando. Já vínhamos aplicando punições às torcidas, de frequentar os estádios, levar adereços, bandeiras”, contou Ualame sobre as medidas adotadas pelo Comitê de Avaliação de Conduta de Torcidas Organizadas, vinculado ao Conselho Estadual de Segurança Pública e criado há quase um ano.

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“Chegamos de imediato”, diz comandante da PM

Comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Dilson Júnior disse que o sistema de segurança sabia que poderia ocorrer esse tipo de problema porque eram ‘torcidas parceiras’. “A torcida do Sport é parceira de uma torcida organizada do Remo. Tanto que chegamos de imediato. Efetuamos mais de 200 prisões e recolhemos também materiais”, afirmou.

“Tenho plena convicção de que situações como essa não vão tornar a ocorrer no nosso Estado devido a essa integração que existe entre os órgãos do Sistema de Segurança Pública, Ministério Público e Poder Judiciário”, garantiu. “O formato do policiamento não vai mudar. Entendemos que a ação de ontem (segunda) foi exitosa em termos de prevenção. Não tivemos nenhum óbito”, garantiu.

Durante a confusão, estabelecimentos, carros e motos foram depredados. Sobre isso, o delegado-geral de Polícia Civil, Walter Resende, disse que as vítimas devem procurar a Dioe (Divisão de Investigações e Operações Especiais), na avenida Senador Lemos, para dar seu depoimento. “A vítima que foi lesionada está sendo acompanhada pela nossa equipe. Vai fazer corpo de delito e dar o seu depoimento”, contou. “Pelas filmagens, vamos identificar as pessoas que estavam em torno dela (da vítima) e cada um vai responder na medida em que forem apresentadas as provas nos autos: dano ao patrimônio, lesão corporal”, afirmou.

 

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