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Delegacia de Feminicídio investiga morte de biomédica da Marambaia, em Belém

A morte de Karina Santos ocorreu no sábado (24/08), quando a vítima teria sido baleada e deixada em estado grave no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência

O Liberal

A Polícia Civil do Pará informou que investiga, em sigilo, a morte da biomédica Karina Santos Pinto, de 25 anos, após baleamento no peito, no último sábado (24/08), na Grande Belém. Conforme nota da PC enviada na manhã desta segunda-feira (26/08), a Delegacia Especializada em Feminicídio e Outras Mortes Violentas contra Gênero (Defem), ligada à Delegacia da Mulher (Deam), apura as circunstâncias dessa morte e já solicitou perícias para auxiliarem nas investigações sobre o caso. A polícia não informou o nome do suspeito.

“A Polícia Civil informa que equipes da Delegacia de Feminicídio apuram as circunstâncias da morte de Karina Santos Pinto, 25 anos. Perícias foram solicitadas para auxiliar as investigações, que ocorrem sob sigilo”, diz a nota enviada pela PC.

Familiares de Karina relataram que um ex-namorado dela, policial penal, a deixou no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em estado grave. Os familiares também afirmaram que esse ex-namorado da vítima não aceitava o fim do relacionamento.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que acompanha o caso, que já está sendo investigado pela Polícia Civil. "A Corregedoria Institucional também está apurando a ocorrência", detalha a nota.

O caso gerou grande repercussão em Belém. Segundo parentes de Karina, ouvidos pela equipe de O Liberal durante o velório da jovem na noite de domingo (25/08), a biomédica foi assassinada a tiros dentro de um carro que trafegava pela BR-316, entre os municípios de Ananindeua e Belém. A vítima teria aceitado uma carona do ex-namorado, com quem havia rompido o namoro de três anos no início de 2024.

Em entrevista à Rádio Liberal +, Raila Bruna, amiga de Karina, comentou sobre a morte da amiga. "Eles tinham um relacionamento tóxico, viviam discutindo e se xingando por ligação telefônica. Todo mundo [família de Karina] acha que ele é o culpado porque ele foi a última pessoa a ver ela. A família teve informações de pessoas que disseram ter visto ele tirando ela do bando de trás do carro. Que ele teria esperado ela desfalecer, para não poder falar nada contra ele. Para ela não conseguir se defender”, disse a amiga de Karina.

Segundo ela, a familília de Karina tem medo de retaliações. “Eles têm medo, já que ele é policial penal. Eles não querem falar porque acham que pode acontecer algo com eles. Mas eu quero justiça pela minha amiga, de uma maneira ou de outra. Não é justo tirarem a vida da filha de alguém, uma pessoa cheia de sonhos”, lamentou Raila Bruna.

De acordo com a família da biomédica, o suspeito teria sido detido pela Polícia Militar quando estava no hospital, após deixar a jovem baleada. Karina não resistiu ao ferimento na região do tórax e morreu momentos após dar entrada na unidade. Os familiares relataram que o agente penal foi solto na noite de domingo (25).

A Redação Intergrada de O Liberal solicitou mais informações sobre a suposta detenção do policial penal, dentrodo hospital, no dia da morte de Karina. Até o momento não houve retorno.

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