Crianças espancam e matam menino de 5 anos afogado em represa em Marabá
De acordo com o superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, delegado Vinícius das Neves, o grupo teria discutido durante uma brincadeira de bolinhas de gude
Três meninos de 9, 11 e 13 anos foram apreendidos e apresentados, na tarde desta quinta-feira (17), na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Marabá, por supostamente estarem envolvidos na morte de uma outra criança de apenas 5 anos. O caso ocorreu na manhã de hoje, na Vila Capistrano de Abreu, zona rural de Marabá, região sudeste do Pará.
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De acordo com o delegado Vinícius Cardoso das Neves, superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, as crianças chegaram à unidade policial acompanhadas dos responsáveis e da Polícia Militar. Ele detalhou que a criança morta desapareceu por volta das 18h desta quarta-feira (16). De imediato, guarnições da PM iniciaram as diligências e encontraram o corpo na manhã desta quinta, em uma represa.
Vítima foi agredida
“Aparentemente, o caso foi tratado como afogamento. Foi removido para o Instituto Médico Legal, para exame de necropsia. Ocorre que a PM colhendo informações conseguiu identificar outros menores que estavam em companhia. Eles agrediram a vítima, tiraram a roupa dela e jogaram nua na represa e ela morreu afogada. Esses menores vieram para a delegacia, foram ouvidos e confirmaram isso”, confirmou o delegado. “Segundo os menores, eles começaram uma discussão por causa de bolinha de gude (peteca). Essa é a versão das crianças de 9 e 11 anos”, informou.
Ele acrescentou que as crianças de 9 e 11 anos serão encaminhadas para o Conselho Tutelar, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca). Já o adolescente de 13 anos será apreendido por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado. “Ele ficará custodiado à disposição da Vara da Infância da Juventude”, explicou o delegado, ao acrescentar que nenhum dos três meninos tinha histórico de violência.
“Pelo fato da criança estar nua, nós solicitamos exame sexológico forense para verificar se ela foi abusada sexualmente. A gente depende do laudo do médico legista para se pronunciar quanto a isso. E se há indicativo de tortura”, completou.
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