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Corpo de ciclista paraense atropelado no Rio Grande do Sul chega a Belém com homenagens no aeroporto

Casemiro Nunes era aeroportuário e estava numa cicloviagem ao Rio Grande do Sul quando foi atingido por um caminhão

Ana Laura Carvalho
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​O corpo do ciclista paraense Casemiro Nunes de Sousa Filho, 62 anos, chegou no final da manhã desta sexta-feira (23), no Aeroporto Internacional de Belém. Ele será velado em uma funerária particular na avenida José Bonifácio, bairro do Guamá. O enterro vai ocorrer neste sábado (24) em um cemitério particular de Marituba. Na chegada à capital, a aeronave que conduziu o caixão do ciclista foi batizada.

O corpo foi recebido por familiares e amigos do grupo de ciclismo “A Grande Família”, do qual Casemiro fazia parte. Durante o traslado até a funerária, houve homenagens e muita emoção. Os ciclistas realizaram o percurso, utilizando balões nas cores preta e branca, em forma de luto pelo atropelamento de Casemiro e pedindo paz no trânsito.

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Casemiro era funcionário aposentado da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ele foi atropelado e morto por um caminhão, na última quarta-feira (21), na rodovia BR-116, na altura do quilômetro 344, em Barra do Ribeiro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A vítima estava em uma cicloviagem de Belém até o Uruguai.

O ciclista estava acompanhado de outro colega de pedal, identificado como Orlando Miranda, que sofreu uma fratura em um dos braços e sofreu ferimentos leves. Não há informações sobre o motorista do caminhão.

A presidente do grupo “A Grande Família”, Regina Bittencourt, lamentou o acidente e se emocionou durante a despedida. “Foi um choque. Imediatamente passei para todos os grupos de ciclistas e todo mundo ficou muito abalado”, disse. Regina contou ainda que iria participar da mesma cicloviagem, porém um problema financeiro a impediu. Agora, segundo ela, o sentimento é de medo.

“Era o meu sonho ser cicloturista, mas particularmente, agora, nunca mais vou querer fazer. Não tenho mais vontade. A segunda viagem estava planejada para o início de março. A gente ia fazer para a Argentina. E ele (Casemiro) estava fazendo justamente essa rota para ver qual seria a melhor para chegar até lá. Se seria essa por onde ele estava fazendo ou se seria por dentro de Goiânia, pegando os países do sul para pegar a Argentina”, explicou Rosana.

Casemiro, que morava no bairro do Telégrafo e era natural do município de Alenquer, saiu de Belém no dia 6 de dezembro deste ano com destino a cidade de ​​Fortaleza. Apenas na semana seguinte, no dia 14, o paraense deixou o estado do Ceará rumo a Florianópolis, capital de Santa Catarina.

Nas redes sociais, o “especialista em ciclismo”, como se autointitulava, destacava a somatória de mais de 10.000 quilômetros rodados com a bicicleta ao redor do país.

A última foto dele no Instagram, publicada na quarta-feira (21), dia em que morreu, informava que ele estava a caminho do Uruguai. “Acabou a folga. Partimos na proa do Uruguai com algumas escalas. Bom dia, mundo”, disse a vítima na publicação, que conta com mais de 40 comentários de seguidores de várias partes do Brasil.

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