Comissão de Direitos Humanos publica nota de repúdio a homicídio de sindicalista
Segundo a Comissão, Cabral é o terceiro líder sindical morto em Rio Maria
A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará publicou na manhã desta quarta-feira (12) uma nota de repúdio ao assassinato do líder sindical Carlos Cabral Pereira, morto na tarde de ontem (11) em Rio Maria. Ele está sendo velado nesta manhã e será enterrado às 17h.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Rio Maria e dirigente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) no Pará, Carlos era atuante na defesa aos trabalhadores rurais.
Na nota publicada pela comissão, o órgão expressa "indignação ao assassinato do sindicalista", ao caracterizá-lo como um "crime bárbaro".
"Esta não foi a primeira vez que Cabral teria sido vítima de tentativa de assassinato. Em 1991 ele foi baleado em uma emboscada" diz a nota.
O documento também afirma que Carlos era "dedicado à luta pela reforma agrária" e "militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), como João Canuto, trabalhador rural brutalmente assassinado com 12 tiros em 18 de dezembro de 1985". "Após seis meses da morte de Canuto o seu sucessor na presidência do STR, Expedito Ribeiro de Souza, também foi assassinato. Cabral é o terceiro líder sindical morto em Rio Maria, região sudeste do estado" completa.
Por fim, a comissão reafirmou "seu compromisso de defesa pela vida e luta dos trabalhadores e trabalhadoras do campo em um cenário nacional político de desmonte de políticas públicas e perdas de direitos" e garantiu que irá acompanhar e cobrar dos órgãos públicos que "este crime brutal seja apurado, os responsáveis sejam devidamente identificados e levados à justiça".
"Aos familiares de Cabral nossa solidariedade nesse momento de grande perda" conclui a nota.
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