Ciclistas fazem manifestação pelas ruas de Belém após rapaz ser atropelado e morto por ônibus
Manifestantes saíram do início da avenida Almirante Barroso, no bairro de São Brás, pela pista do BRT, até chegar ao local do acidente, na avenida Centenário, onde prestam homenagens à família da vítima
Dezenas de ciclistas realizam, na noite desta terça-feira (17), uma manifestação pelas ruas de Belém pedindo melhorias nas condições de trânsito para a categoria, após o ciclista Marcelo Espírito Santo ser atropelado e morto por um ônibus no bairro do Mangueirão na última segunda (16). Os manifestantes saíram do início da avenida Almirante Barroso, no bairro de São Brás, pela pista do BRT, até chegar ao local do acidente, na avenida Centenário, onde prestam homenagens à família da vítima.
A ciclista Clotilde Leal, integrante do grupo Trilhas e Rumos, conta que acidentes como o que vitimou Marcelo são comuns em Belém, e que isso acontece por diversos fatores. "Existem poucas vias acessíveis para nós, e elas estão em estado deplorável. Além disso, a fiscalização é ineficiente, e é comum vermos carros e motos invadindo a ciclofaixa", reclamou.
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Já Natanael Romero contou que no último mês de janeiro foi assaltado enquanto pedalava, na avenida João Paulo II, e foi derrubado pelos criminosos, quebrando a coluna. "É preciso melhorar a segurança nos locais onde há ciclofaixa, melhorar também a iluminação, a manutenção, que tem que estar em dia. E também é preciso mais consciência dos condutores", disse o ciclista.
Para Marcelo Santos, "pedalar em Belém é um desafio. A gente chega a entregar a vida para Deus, porque é muita imprudência". O ciclista afirma que os condutores de veículos maiores precisam ter a consciência de que cada vez mais pessoas utilizam a bicicleta como meio de transporte. "A gente não pode se calar, porque amanhã pode ser eu, pode ser qualquer um de nós", concluiu.