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Chacina do Guamá: o que se sabe até agora

Entenda, em 10 tópicos, como foi a chacina, quem são as vítimas e os acusados, e como estão as investigações

Tainá Cavalcante

A chacina do Guamá, que deixou 11 pessoas mortas no último domingo (19) e um bairro completamente aterrorizado, completou duas semanas com a identificação e prisão de todos os quatro policiais militares e quatro civis envolvidos no crime. O último dos oito acusados pelos crimes seguia foragido, mas se entregou na quarta-feira, 29 de maio. Confira em 10 tópicos tudo o que se sabe sobre a chacina até o momento:

O QUE ACONTECEU?
Uma chacina no bairro do Guamá, há uma semana, na tarde de domingo (19).

COMO?
Homens encapuzados entraram no estabelecimento atirando em todos que estavam no local. Apenas uma das pessoas atingidas pelos tiros sobreviveu, mas está internada;

image Bar onde ocorreu a chacina: policiais militares estão entre oito acusados (Cláudio Pinheiro)



QUANTAS PESSSOAS FORAM VÍTIMAS?
Ao todo 11 pessoas morreram, sendo seis homens e cinco mulheres. Outra vítima ficou gravemente ferida ao levar um tiro no pescoço e um na boca. Ela está internada e é tida como única sobrevivente da chacina. Pelo risco que corre, por ser uma testemunha em potencial, está sob proteção da justiça;

QUEM SÃO AS VÍTIMAS MORTAS?

  • Alex Rubens Roque Silva, 41 anos.
  • Flávia Teles Farias da Silva, 32;
  • Leandro Breno Tavares da Silva, 21;
  • Márcio Rogério Silveira Assunção, 36;
  • Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro, 52 (dona do bar onde ocorreu o crime);
  • Meire Helen Sousa Fonseca, 35;
  • Paulo Henrique Passos Ferreira, 24;
  • Samara Silva Maciel, 23;
  • Samira Tavares Cavalcante, 36;
  • Sérgio dos Santos Oliveira, 38;
  • Tereza Raquel Silva Franco, 33; 

QUAIS OS MOTIVOS DA CHACINA?
Duas linhas de investigação já estão sendo analisadas pela polícia, mas elas serão mantidas em sigilo até o final do inquérito;

QUEM COMETEU O CRIME?
Segundo a Polícia, as investigações apontam que pelo menos oito pessoas estão diretamente envolvidas na chacina, entre mandantes, executores e apoio logístico. São quatro civis e quatro policiais militares (três da ativa e um da reserva).

OS ACUSADOS ESTÃO PRESOS?

  • Os primeiros suspeitos de cometerem o crime, Edivaldo dos Santos Santana e Agnaldo Torres Pinto, foram presos na terça-feira (21), quando tentavam descaracterizar os carros utilizados na chacina.
  • No dia seguinte, mais uma pessoa envolvida no caso, o empresário Jaysson Costa Serra, foi preso em uma panificadora, da qual é proprietário, portando uma arma de fogo calibre 380.
  • Na última sexta-feira (24), o cabo da Polícia Militar Wellington Almeida Oliveira, foi preso enquanto estava em serviço no 2º Batalhão.
  • Outro policial, identificado como cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva, da Rotam, se entregou no final da tarde da mesma sexta (24), na sede da Delegacia-Geral.
  • O cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva havia registrado na quinta-feira (23) um Boletim de Ocorrência na Seccional Urbana da Cremação, alegando que sua arma teria sido furtada. A suspeita é que ele tenha feito isso para despistar a investigação, mas ele já estava na lista de suspeitos de envolvimento e acabou se entregando. 
  • O cabo da Polícia Militar José Maria da Silva Noronha se apresentou no início de tarde deste sábado (25) à Divisão de Homicídios da Polícia Civil. O policial da reserva era um dos foragidos ainda procurados pela apuração dos assassinatos. O militar integrou o 2º BPM.
  • O cabo PM Leonardo Fernandes de Lima entregou-se por volta de uma hora da madrugada deste domingo (26) - cerca de 12 horas após o cabo da Polícia Militar José Maria da Silva Noronha.
  • O civil Jonatan Albuquerque Marinho, de 34 anos, o último foragido entre os acusados, se entregou na Divisão de Homicídio (DH) às 22h do dia 28 de maio, na companhia de um advogado. Ele prestou depoimento para os delegados da Força Tarefa que investiga a chacina, foi preso na DH e transferido ao sistema penal.
image "Diel" deixa a Divisão de Homicídios, em São Brás, no dia 29 de maio: último foragido se entregou  (Ary Souza/O Liberal)

QUANDO ACABA A APURAÇÃO?
No dia 24 de maio foi dado prazo legal ao inquérito: ele tem dez dias para ser concluído, nesta segunda (3 de junho).

O QUE SERÁ FEITO A PARTIR DE AGORA?
A polícia continua em busca do último foragido. O objetivo é, até o fim do inquérito, localizar todos os acusados, considerados os principais envolvidos no crime, para que sejam ouvidos em depoimento e confirmem uma das duas hipóteses de motivação. 

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