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Caso Yasmin: Justiça devolve lancha a Lucas Magalhães, que espera julgamento

Lucas Magalhães é acusado de ser o responsável pela morte de Yasmin, que desapareceu da lancha no dia 12 de dezembro de 2021, durante um passeio de lancha promovido por ele

O Liberal
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A Justiça do Pará deferiu o pedido de devolução da lancha L. Magalhães a Lucas Magalhães de Souza, acusado de envolvimento na morte da influenciadora digital Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, ocorrida em dezembro de 2021. A decisão foi proferida pelo desembargador Rômulo Nunes, que entendeu que a retenção do bem não é mais necessária, já que todas as perícias foram concluídas.

A informação foi confirmada pelo advogado Francelino Neto, que trabalha na defesa de Lucas. “A lancha foi devolvida judicialmente após ser demonstrado que não mais interessaria o processo e possui proprietário devidamente demonstrado. Ela foi apreendida na época em razão da necessidade de sua utilização para a ‘reprodução simulada’. Após os trâmites judiciais, foi determinada a devolução”, disse ele.

Perguntado sobre possíveis medidas restritivas para a devolução da embarcação, o advogado Francelino Neto respondeu: “Sem restrições (tecnicamente não poderia ser estabelecida qualquer restrição, até porque a utilização no processo tinha fim específico - a ‘reprodução simulada”, reforçou. Sobre o julgamento de Lucas Magalhães, Francelino informou que “o processo continua em tramitação regularmente. Há recursos pendentes de apreciação”.

A lancha, utilizada na reprodução simulada dos fatos, foi peça fundamental nas investigações e nos laudos anexados ao processo. Para a decisão, o desembargador Rômulo Nunes considerou que o caso está em fase recursal e, com isso, determinou que o juízo de primeira instância providenciasse a devolução da embarcação ao proprietário, observando as cautelas legais.

Relembre o caso

Lucas Magalhães é acusado de ser o responsável pela morte de Yasmin, que desapareceu da lancha no dia 12 de dezembro de 2021, durante um passeio de lancha promovido por ele. Havia 19 pessoas na embarcação. O corpo da influenciadora foi encontrado apenas no dia seguinte.

As investigações apontaram que Lucas pilotava a embarcação sem autorização e sob efeito de bebida alcoólica. Apontaram ainda que ele estava armado durante o passeio e chegou a disparar tiros para o alto. Após a morte de Yasmin, ele teria tentado modificar a lancha, o que levou à acusação de fraude processual.

Lucas responde pelos crimes de homicídio por dolo eventual — quando se assume o risco da morte —, fraude processual, posse ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.

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