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Caso ex-sinhazinha: paraenses são suspeitos de integrarem seita religiosa e promoverem uso de drogas

Dentre esses suspeitos, está a mãe e o irmão da ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido, Djidja Cardoso, encontrada morta na terça-feira (28/5), em sua residência em Manaus

Saul Anjos
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Quatro dos cinco suspeitos de integrarem uma seita religiosa em Manaus, no Amazonas, responsáveis por fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa, são paraenses. Eles foram identificados como: Ademar Farias Cardoso Neto, natural de Belém; Cleusimar Cardoso Rodrigues, de Oriximiná; Claudiele Santos da Silva, de Monte Alegre; e Marlisson Vasconcelos, também de Monte Alegre. Todos estão presos. A ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido, Djidja Cardoso, encontrada morta na terça-feira (28/5), em sua residência em Manaus, teve seu nome ligado ao caso.

A razão dessa relação é por conta de Ademar e Cleusimar serem, respectivamente, irmão e mãe dela. Segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), a suspeita é que a Djidja possa ter sofrido uma overdose devido ao uso indiscriminado da ketamina durante um dos rituais da seita religiosa liderada pela família.

Na quinta-feira (30/5), o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), da PC-AM, realizou a operação “Mandrágora”. Nesse trabalho policial, Ademar, Cleusimar, Claudiele e Verônica da Costa Seixas, 30, foram presos. Marlisson se entregou à polícia no início da noite desta sexta-feira (31). 

De acordo com as autoridades, eles eram responsáveis por induzir outros colaboradores e pessoas próximas à família a se associarem à seita, intitulada de “Pai, Mãe, Vida”, onde drogas de uso veterinário eram utilizadas. Cleusimar e Ademar seriam os fundadores desse grupo e donos da rede de salões de beleza, chamada Belle Femme, a qual Verônica seria gerente, Claudiele, maquiadora, e Marilisson, cabeleireiro

Além do cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva, a polícia efetuou ordens judiciais de busca e apreensão, na quinta (30) e na sexta-feira (31). Na ocasião, foram confiscadas centenas de seringas, produtos destinados a acesso venoso, agulhas e ketamina, além de aparelhos celulares, documentos e computadores na residência da família e no salão de beleza e em uma clínica veterinária. 

A investigação 

O delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP, disse que os investigados foram interceptados no momento em que tentavam fugir, no bairro Cidade Nova, zona norte da capital do Amazonas. As investigações iniciaram há aproximadamente 40 dias, com a identificação de que o grupo coletava a droga ketamina em clínicas veterinárias e realizava a distribuição do fármaco entre os funcionários da rede de salões de beleza da família Cardoso.

“Ao longo das investigações, tomamos conhecimento de que Ademar também foi responsável pelo aborto de uma ex-companheira sua, que era obrigada a usar a droga e sofria abuso sexual quando estava fora de si. A partir desse ponto, as diligências se intensificaram e identificamos uma clínica veterinária que fornecia medicamentos altamente perigosos para o grupo da seita”, disse Cícero Túlio. “Eles induziam os seguidores a acreditar que, com a utilização compulsória da ketamina iriam transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação”, explicou o delegado.

Morte de Djidja

Sobre a morte de Djidja, o delegado Danniel Antony, adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), disse que a morte dela está envolta na possibilidade do uso de medicamentos fármacos narcolépticos e psicotrópicos, havendo também a possibilidade de ter ocorrido um excesso da droga que possa tê-la levado à morte em relação à seita da família. 

“Estamos investigando a situação, mas a questão da autoria de alguém que possa tê-la medicado ainda está sob investigação na DEHS. Estamos em uma fase preliminar em relação à coleta de depoimentos e informações, incluindo áudios e mídias que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens, para verificar sua veracidade”, detalhou Antony.

Até o fechamento desta matéria, Marlisson, que também é suspeito de participação nos crimes, não tinha sido encontrado pelas autoridades policiais do Amazonas. Informações sobre o paradeiro dele podem ser repassadas para o número (92) 98116-9099, do 1º DIP. 

Crimes

O grupo responderá por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, colocação em perigo da saúde ou da vida de outrem, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto provocado sem consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal. Eles serão submetidos a audiência de custódia e permanecerão à disposição da Justiça.

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