Mais de 100 pessoas já foram presas pela PC em combate ao Comando Vermelho
A operação, que já está na 13ª fase, é comandada pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC)
Um total de 105 pessoas já foram presas pela Polícia Civil durante a operação “Cara Crachá”, que iniciou em 2023 e tem o objetivo de combater a organização criminosa “Comando Vermelho”, responsável por coordenar extorsão a comerciantes, a chamada “taxa do crime”. As prisões já foram realizadas em Belém, Ananindeua, Marituba, Icoaraci, Distrito de Outeiro, Tenoné, Igarapé-Miri, Salinópolis, Barcarena, Santarém e outros municípios.
Além do Pará, também foram realizadas prisões em estados como Rio de Janeiro, Amazonas, Goiás, Santa Catarina e Paraná. A operação, que já está na 13ª fase, é comandada pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC). Também segundo a polícia, até o momento, 146 pessoas foram indiciadas, com mais de 90% dos indiciados permanecendo presos e denunciados, em balanço divulgado nesta quarta-feira (4).
Segundo a PC, a taxa de condenação dos indiciados é de 100%, com o tempo médio entre a deflagração da operação e a sentença condenatória sendo inferior a um ano. Todos os mandados foram expedidos pela Vara de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
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Mandados de prisão
Com o apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), a PC deflagrou, nos dias 23 e 24 de outubro, mais uma etapa da operação “Cara Crachá”. Nesta fase, a ação cumpriu 13 mandados de prisão contra membros de facções criminosas com atuação no município de Barcarena, Região Metropolitana de Belém.
“Esta operação intensifica o combate às facções criminosas atuantes nos municípios do interior do estado, locais onde os faccionados são responsáveis por coordenar extorsões a comerciantes e demais crimes violentos, como roubos, homicídios, além do tráfico de drogas”, explica o delegado-geral, Walter Resende.
Os presos desta operação possuem extensa ficha criminal e são apontados como os responsáveis pela criminalidade violenta no município de Barcarena. Um dos investigados ocupa posição de destaque na facção, tendo o cargo de “Torre” do município de Curuçá. Este membro foi preso portando um revólver e 06 munições, sendo autuado em flagrante delito por porte ilegal de arma de fogo.
As diligências também resultaram na prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de um indivíduo de alta periculosidade apontado como autor de diversos roubos no município de Barcarena. Com ele, foi apreendida 01 pistola Taurus, cal 380 e 52 munições.
Taxa do crime
Ainda com relação à extorsão indevida por criminosos, um feirante foi executado de forma na noite desta terça-feira (03), enquanto trabalhava em seu estabelecimento na avenida Baraúnas, entre as ruas Tapera e Mucucaua, bairro do Curuçambá, em Ananindeua — mesmo local onde aconteceu um homicídio de outro feirante, pela manhã do mesmo. Não há confirmação oficial de que os crimes tenham relação, mas no local muito falou-se sobre a “taxa do crime”.
Também na terça, outro crime com a suspeito de ter sido pela mesma motivação foi registrado. O vendedor de hortifruti José Antônio Corrêa de Oliveira, de 48 anos, foi morto com dois tiros na rua Tapera, quase na esquina da avenida Rio Baraúna, ao lado de um supermercado, na manhã desta terça-feira no bairro do Maguari, em Ananindeua. Em ambos os casos, no entanto, a polícia não confirma se as mortes foram impulsionadas pela recusa em pagar a espécie de "imposto" exigido por criminosos.