Bebê de sete meses morre após ser abusado sexualmente
A Polícia Civil investiga o caso, mas até o momento não tem indícios de quem pode ter abusado da criança
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte de um bebê, vítima de abuso sexual em São Geraldo do Araguaia, sudeste do Estado. A menina, de apenas sete meses de vida, deu entrada no hospital municipal da cidade no dia 8 de fevereiro, mas foi transferida para o Hospital Regional do Sudeste do Pará, em Marabá, dado o agravamento do seu quadro clínico. A criança faleceu no dia 15 de fevereiro, sete dias depois. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e acompanhando pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).
De acordo com o Termo de Informação emitido pelo Conselho Tutelar de São Geraldo do Araguaia, a certidão de óbito da menina aponta choque séptico e lesões nas regiões vulvar, anal e perianal como causas da morte. Até o momento, não se sabe quem pode ser a pessoa responsável por abusar da criança.
A Assistência Social do Hospital de São Geraldo contatou o Conselho Tutelar ao observar indícios do que poderia ser um caso de maus tratos. Desde então, os conselheiros afirmam, por meio de relatórios, que têm feito visitas à casa da família, que vive na zona rural do município.
"No momento da visita, estava presente a avó, a mãe da criança (que apresenta problemas mentais) e uma tia, que afirmou que tinha ficado sabendo que sua sobrinha havia sido abusada sexualmente e, por isso, veio a óbito. Afirmou que estava esperando a certidão de óbito para saber de fato a causa da morte da criança", afirma um trecho do relato dos conselheiros que dizem ainda haver uma segunda criança de três anos na residência. O caso voltou à tona quando a mãe da criança encaminhou uma foto do atestado de óbito ao Conselho Tutelar, no qual constava a informação de a morte ter ocorrido em decorrência de complicações após abuso sexual.
Já o Conselho Tutelar de Marabá relata que a criança chegou ao Hospital Regional acompanhada de uma amiga da família do pai, que teria informado que a mãe tinha problemas psicológicos e não cuidava adequadamente dos dois filhos. Em visita ao leito onde a criança foi mantida, a conselheira Ana Quele Silva Melor afirmou que a menina tinha manchas pelo corpo e uma marca no abdômen. "Era tipo um furo de prego", descreveu a conselheira.
O Ministério Público também está envolvido no caso e enviou ofício para a Delegacia de Polícia Civil e para o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) de São Geraldo, que informou sobre o acompanhamento realizado junto à família.
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