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Quarteto rende motorista de app para cometer assaltos no Jurunas

Um motorista de aplicativo foi rendido por quatro assaltantes enquanto trabalhava e acabou envolvido em uma situação

O Liberal

Quatro homens foram detidos na noite de terça-feira (4) após realizarem uma série de assaltos no bairro do Jurunas, em Belém. O grupo utilizou um motorista de aplicativo como refém para cometer os crimes, causando pânico nas áreas próximas aos estabelecimentos alvos.


De acordo com informações da Polícia Militar, os suspeitos solicitaram um carro por aplicativo e, ao chegarem no ponto de embarque, renderam o motorista. Armados com um revólver calibre 38, obrigaram-no a conduzi-los até os locais onde praticaram os assaltos.

O primeiro alvo foi uma farmácia na avenida Roberto Camelier, onde dois deles entraram no estabelecimento. Sob ameaça, roubaram o celular e um cordão de ouro de um cliente que fazia compras, além de dinheiro do caixa. “Eu estava conversando com o farmacêutico, eles já chegaram tomando tudo, foi muito rápido”, relatou a vítima, que preferiu não se identificar por motivos de segurança.

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Em seguida, os suspeitos seguiram para outra farmácia nas proximidades, repetindo a mesma abordagem. Roubaram fraldas, celulares de funcionários e clientes, e quantias em dinheiro. Durante a fuga do segundo local, o grupo foi surpreendido por uma guarnição da Polícia Militar.

Ao perceberem a presença dos agentes, os homens fizeram o motorista de aplicativo como refém e pediram uma série de exigências. A situação resultou em um cerco policial e na interdição do trecho. O trânsito precisou ser desviado durante a ação policial.

Após cerca de 40 minutos de negociação, mediada com o apoio de familiares dos suspeitos, os quatro decidiram se entregar. Luis Gustavo Guayanaz, Alan Guayanaz, Carlos Dias e Fernando Gomes Neto foram conduzidos à Central de Polícia de São Brás, juntamente com o motorista, inicialmente investigado sob suspeita de participação nos crimes. Contudo, ele apresentou provas de que foi vítima da ação, sendo liberado em seguida.

Na delegacia, Alan, que utilizava um dispositivo de monitoramento eletrônico, quebrou seu aparelho celular de forma abrupta. Para a delegada de plantão, Monike Silveira, esse comportamento indica que provavelmente ele seja membro de alguma facção criminosa. “Esse é um procedimento comum deles, quebrar o celular, pois deveria ter muitas provas do envolvimento dele com uma facção criminosa”, disse a delegada.

As vítimas dos assaltos compareceram à delegacia e reconheceram os suspeitos, que possuem histórico de crimes como roubo e assalto, segundo informou a delegada de plantão. “Todos tem passagem, chega final de ano, com a saidinha, esses crimes se intensificam, nos preparamos para isso”, explica a delegada.

Os itens roubados e a arma usada nos crimes foram apreendidos pela polícia, que segue investigando o caso.

Polícia