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Após morte de vítima de sequestro, dois são presos e um suspeito morre em ações da PM no sudeste paraense

Um amigo da vítima segue internado e outro suspeito conseguiu fugir no caso que se desdobrou por três municípios

Na madrugada desta quarta-feira (24), um caso tratado pela polícia como sequestro e latrocínio que começou em Xinguara, sudeste paraense, vitimou José Roberto Dantas, de 25 anos, também conhecido como Neto. Além da morte do rapaz, o caso se estendeu por três municípios, terminando com uma outra vítima ferida, um suspeito morto e dois presos.

Ao telefone, o comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Keythson Valente, informou que eles ficaram sabendo do caso pouco antes da meia-noite. As informações diziam que um rapaz filho de um pecuarista teria sido sequestrado em uma casa de shows na avenida Minas Gerais, o que fez com que um efetivo da PM fosse ao local.

Segundo o que foi relatado pelas funcionárias da casa de shows, cinco homens armados chegaram em um carro branco, invadiram o local e levaram os dois clientes dentro da caminhonete Toyota Hilux de Neto. Um tempo depois, os PMs foram informados que no sentido de Água Azul do Norte, perto do vilarejo de Xinguarinha, um carro com as características do veículo da vítima havia sido avistado, e a guarnição seguiu para lá.

Chegando ao local, os policiais viram que José Dantas estava debruçado sobre o veículo parado, coberto de sangue e desacordado. Poucos metros dali, um homem estava caído no chão, com perfurações de tiros no corpo. O homem estava consciente e informou aos PMs que era amigo de José Dantas e, durante o sequestro, havia entrado em luta corporal com os bandidos. Era ele quem dirigia o carro, sob a mira de uma arma de fogo, até que, em certo momento, ele reagiu e conseguiu sacar uma faca. O homem disse que conseguiu esfaquear um dos criminosos no pescoço, mas foi ferido pelos tiros, que também atingiram José.

Os policiais conversaram com o homem caído no chão enquanto aguardavam a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Chegando ao local, os socorristas constataram a morte de José Roberto Dantas e levaram o outro ferido ao hospital. 

Minutos depois, chegou uma nova informação, dessa vez dizendo que dois suspeitos haviam sido abordados já na cidade Pau D'Arco. Segundo o tenente-coronel Keythson, os policiais daquela cidade contaram que abordaram os dois na rodovia BR-155 em uma motocicleta modelo Honda 160. Foi perguntado aos suspeitos de onde eles estavam vindo, mas ambos deram respostas conflitantes. Quando perguntaram se eles tinham envolvimento com o crime ocorrido em Xinguara, ambos responderam que sim.

Identificados como Diego Fernandes Miranda e Taison da Silva Morais, os dois estavam estavam muito nervosos e um deles tinha um ferimento no pescoço, causado por objeto cortante, o que fez com que ele fosse encaminhado para o Hospital Municipal de Pau D'arco e, depois, levado à delegacia da cidade.

Já em Rio Maria, por volta das 5h30, policiais retornavam dos procedimentos em Pau D'Arco quando avistaram um veículo modelo Volkswagen Gol, branco, com as características do carro que usado pelo bando que cometeu o crime de sequestro e latrocínio. Ao se aproximarem do carro, os policiais alegam que os ocupantes dispararam contra eles, que tiveram que revidar. Um dos suspeitos foi baleado, enquanto outro fugiu correndo ao entrar em um matagal. Os policiais chamaram o Samu para atender o suspeito, mas os paramédicos apenas foram ao local para constatar a morte de Luiz Felipe Fernandes Pereira. Com ele, foi encontrado alguns pertences das vítimas de Xinguara e um revólver calibre 22. 

Por fim, voltando á Xinguara, policiais militares foram a um endereço onde, supostamente, quanto suspeitos de participar do latrocínio estavam escondidos. Chegando na casa da rua Itacaiaunas, bairro Itamaraty, os policiais acharam uma moto com registro de roubo, um carro, joias e munições, além de uma placa de moto que pertencia ao veículo apreendido em Pau D'Arco. Todo material foi levado para a delegacia de Polícia Civil, onde o caso é investigado. Segundo a Polícia Militar, as buscas por mais envolvidos no crime continuam.

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