Pai questiona conduta de hospital após morte de bebê ainda no útero
Em relato postado nas redes sociais, ele atribuiu o caso à falta de profissionais do hospital
Em longo relato feito nas redes sociais com cópia enviada aos veículos de comunicação no início desta semana, o profissional liberal Claudenor Peixoto criticou o atendimento e as condições a que a esposa, Sarah Maria, foi submetida ao dar entrada no Hospital Materno Infantil (HMI) no dia 31 de dezembro de 2020.
De acordo com Claudenor, a gestação de Sarah foi tranquila e bem acompanhada, mas uma falha de procedimentos por parte da unidade hospitalar na reta final da gravidez levou ao triste desfecho, com a morte do bebê.
O casal elegeu a rede pública para o acompanhamento obstétrico porque apenas o Hospital Materno Infantil e o Hospital Regional dispoem do serviço de UTI Neonatal em Marabá.
Na chegada ao HMI, Sarah teria sido atendida por dois médicos, que pediram exames para avaliar o nível de glicose no sangue e verificar como estava o coração do bebê. Eles também teriam prescrito um remédio para aliviar um desconforto da esposa por conta de um problema no estômago.
Após tomar um soro junto com a medicação indicada, Sarah retornou para a sala em que havia recebido atendimento previamente e foi informada pela enfermeira que não poderia ser liberada antes de passar pelo médico, posto que o exame de destro – que avalia o nível da glicose – havia indicado uma taxa de 65 miligramas por decilitro, considerada abaixo do normal.
A partir daí, a esposa passou a apresentar uma indisposição e muita sonolência, o que o levou a deduzir que seria por efeito da medicação administrada. Já em casa, Claudenor conta que Sarah dormiu durante boa parte do dia e que teria ido diversas vezes ao quarto do casal para saber se ela e o bebê estavam bem.
Já na manhã de 1º de janeiro, por volta das 10h30, notando que os movimentos do bebê na barriga da esposa haviam diminuído consideravelmente, Claudenor resolveu levá-la novamente ao HMI e, lá, receberam a notícia de que o bebê estaria morto.
“Ao contrário do juramento que fazem alguns médicos não valerem a pena, aqueles que não tem nenhuma responsabilidade com as vidas, pois estão lá pela grana, o que vale mesmo é o salário de 20, 30 mil no final do mês. Eu juro meu filho que vou te honrar, nem que seja a última coisa que eu faça nesta terra, nesta cidade. Enquanto eu aqui morar e viver tua morte não passará despercebida”, escreveu o pai na publicação.
“Todos nessa cidade vão conhecer tua história, você será honrado e tua história não caíra no esquecimento, pra que nenhuma mãe, nenhum pai e nenhuma família volte a sentir a dorque estamos sentindo”, afirmou.
A Prefeitura de Marabá, que administra o HMI, informou que não se manifestará sobre o caso até a expedição do laudo do Instituto Médico Legal (IML) que determinará a causa da morte do bebê e está previsto para sair até o fim deste mês.
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