Ananindeua: criminosos estavam cobrando 'taxas de segurança' a moradores do Aurá, diz PM
Comandante geral da corporação justificou ação desta manhã que tomou ruas do bairro da Grande Belém
A Polícia Militar iniciou a operação "Saturação", na manhã desta quarta-feira (14), no bairro do Aurá, em Ananindeua. A operação foi iniciada por conta da ação de criminosos que estariam cobrando "taxas de segurança" para moradores e comerciantes da área. A informação foi confirmada pelo setor de inteligência da corporação. Por 30 dias, haverá reforço do policiamento no bairro.
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"O objetivo é trazer paz e tranquilidade a quem mora no Aurá. Tivemos informes da nossa inteligência de que criminosos estariam cobrando taxas de funcionamento e de segurança para comerciantes, o que é inadimissível. Nós não vamos permitir que isso ocorra, nem no bairro do Aurá e em nenhum bairro de nosso Estado", disse o comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior.
O lançamento da operação ocorreu por volta das 11h, na escola municipal Padre Pietro Gerosa, na Avenida Principal do Aurá. No local, comandantes de diferentes batalhões da Polícia Militar se reuniram para receberem as orientações gerais do comandante-geral. Entre os comandantes presentes esteve o coronel Pedro, do Departamento Geral de Operações (DGO), coronel Neves, do Comando de Missões Especiais (CME) e coronel Mariúba, do Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM).
"Nós tivemos indicativo da inteligência de que faccionados estariam estorquindo moradores e comerciantes no bairro. A velha prática que a gente já conhece. Da mesma forma, nós sabemos que, quando a gente ocupa um bairro, eles migram para bairros adjacentes, por isso, nós vamos operar em todos os bairros adjacentes também. Aqui, não existe espaço para facção nem Estado paralelo", afirmou o comandante-geral à tropa.
Moradores esperam que operação gere mais segurança
A dona de casa Darlene Silva, de 32 anos, moradora há 13 anos no bairro do Aurá, espera que a presença mais intensa de policiamento na área melhore a vida das pessoas. Ela relata que assaltos e mortes costumam acontecer, deixando muitos moradores inseguros:
"É um bairro perigoso demais. Meu filho e meu esposo já foram assaltados, mas o que mais acontece aqui, no bairro do Aurá, é morte. Dia desses, um amigo meu colocou no status dele que mataram um amigo dele aqui. É complicado".
Outra moradora da área, Rosimari Torres, de 44 anos, diz que o bairro já vinha melhorando com relação a assaltos, mas espera que o índice do crime diminua ainda mais com a operação policial: "Aqui já foi muito pior, mas é sempre bom quando tem essas coisas. Espero que melhore ainda mais".
Operação pode ser estendida
De acordo com o comandante-geral, Dilson Júnior, a operação está prevista para durar por 30 dias, porém, ele não descarta a possibilidade de manter a ostensiva na área por mais tempo. A operação conta com 80 militares a mais, por turno, realizando rondas por meio de viaturas, motocicletas e, também, cavalos. As equipes atenderão a denúncias de moradores via Disque Denúncia, pelo número 181.
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