Advogados envolvidos com integrantes do Comando Vermelho são presos
Força-tarefa do Ministério Público do Estado cumpriu mandados de prisão preventiva contra cinco pessoas
Uma força-tarefa do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) cumpriu mandados de prisão preventiva, em Belém e Salinópolis, expedidos contra dois advogados e três integrantes de uma facção criminosa. A "Operação Pombo" investiga a relação de advogados com integrantes de facções criminosas que estão custodiados em estabelecimentos prisionais paraenses. A ação envolveu o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional) (GSI) e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).
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Ao longo de quase um ano, a investigação conseguiu constatar a relação entre os dois advogados e integrantes do Comando Vermelho. A apuração indicou que os advogados vinham atuando como “mensageiros” durante o exercício da advocacia para atuar como um elo entre faccionados presos e faccionados soltos, repassando as informações obtidas durante as visitas realizadas em estabelecimentos prisionais no Pará.
Bilhetes eram enviados a integrantes do Comando Vermelho
Mandados de busca e apreensão, cumpridos anteriormente, apreenderam bilhetes manuscritos que, segundo o MPPA, eram destinados a diversos integrantes do Comando Vermelho, dentre eles David Palheta Pinheiro, vulgo “Bolacha”, e Leonardo Costa Araújo, vulgo “L-41”, ambos encontrando-se atualmente foragidos no Estado do Rio de Janeiro.
Também foram apreendidos aparelhos eletrônicos, dentre os quais um relógio smartwatch pertencente a um dos advogados, utilizado para gravar as mensagens durante as visitas carcerárias e repassá-las aos integrantes da facção que estavam foram da prisão.
A série de atentados contra agentes de segurança pública ordenados por integrantes de facções criminosas, a exemplo das duas dezenas de registros de crimes contra policiais penais, serviu de subsídio jurídico à decretação e manutenção da segregação provisória.
As investigações seguem sob sigilo.
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