Adolescente baleada dentro de motel em Vigia presta depoimento nesta quinta-feira
A jovem, que recebeu alta médica no último dia 2 deste mês, esteve acompanhada da família e do advogado durante para contar detalhes do crime que ocorreu no dia 21 de abril deste ano
A adolescente de 15 anos que foi baleada no rosto dentro de um motel, em Vigia de Nazaré, nordeste do Pará, prestou depoimento à delegacia da Polícia Civil nesta quinta-feira (9). A jovem, que recebeu alta médica no último dia 2 deste mês, esteve acompanhada da família e do advogado durante para contar detalhes do crime que ocorreu no dia 21 de abril deste ano. Familiares da vítima pedem que Gabriel Lobo, marinheiro que teria feito o disparo, seja preso.
Márcio Maia, tio da vítima, acompanhou a sobrinha até a delegacia. Ele conta que a família ainda está muito abalada e pedem justiça. “A mãe dela ainda chora muito, mas evita chorar na frente da filha. Ela sempre foi uma menina vaidosa, que gosta de se cuidar, de produtos de beleza, mas isso que ele fez [acusado] destruiu a vida dela e a nossa. Ele saiu da cadeia, mas nós queremos que a justiça seja feita e ele pague pelo que fez”, contou o familiar.
O tio disse ainda que a sobrinha precisa da ajuda da família para fazer algumas tarefas básicas de autocuidado. “É uma situação muito dolorosa e angustiante, pois ela perdeu metade da arcada dentária, por isso ainda necessita muito da gente para fazer as coisas. Sabemos que a recuperação dela é um processo lento, mas o importante é que ela está se recuperando com ajuda da família”, comentou.
A adolescente precisou fazer quatro cirurgias e passou um mês e 22 dias no Hospital Metropolitano, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB). Segundo Márcio Maia, a sobrinha precisará usar um colete cervical por 90 dias, devido a bala continuar alojada na região do rosto.
Os principais suspeitos do crime são dois militares da Marinha do Brasil, que estavam de serviço em Vigia. Um deles, Gabriel Norberto de Almeida Lobo, que teria efetuado o disparo dentro da boca da adolescente, ele foi solto dia 12 de maio através de um habeas corpus. O outro marinheiro foi identificado apenas como Diógenes.
A polícia do Pará tinha concluído o inquérito do caso. Os dois foram indiciados por lesão corporal qualificada, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e corrupção de menores. Também foram indiciadas a proprietária e a atendente do motel, que foram responsabilizadas criminalmente.
Relembre o caso
Os dois suspeitos teriam levado duas adolescentes de 15 e 14 anos para um motel em Vigia. No local, ainda não se sabe por quais motivos, Gabriel Norberto de Almeida Lobo teria feito o disparo de arma de fogo dentro da boca da vítima de 15 anos. A outra adolescente teria presenciado o fato. Ela não ficou ferida