From mangrove to table: consumption of turu is a tradition in the Amazon
When it comes to turu, there's not much middle ground. The reaction to mollusk from mangrove areas, consumed as a delicacy, is often mouth-watering or disgusting. Regardless of how much it is appreciated, there is no denying it: it is part of the riverside identity of certain Amazonian regions. But what exactly is this invertebrate, whitish, gelatinous animal with a cylindrical, elongated body that looks more like a large earthworm? Its official name is Teredo sp. It is a bivalve mollusk of the same family as the oyster and the mussel. It has particularities that justify the aversion of some: in addition to having the appearance of a worm, it grows on rotted pieces of wood present in mangroves of the Marajó and the Atlantic Amazon, including the states of Pará, Amapá, and Maranhão. It can lodge inside pieces of fallen logs or even in the wet hull of vessels, leaving the wood with a characteristic appearance, full of holes. Even though this visual is not so inviting, turu has already been eaten for at least a couple of centuries, since it was first discovered by the indigenous people of the region. Whether in broths, farofas, only with salt and lemon, or in other ways of preparation, the riverside people keep the tradition. Do mangue à mesa: consumo de turu é tradição da Amazônia Quando o assunto é turu, não há muito meio-termo. A reação ao molusco de áreas de mangue, consumido como iguaria, costuma ser ou água na boca ou repulsa. Independente do quanto é apreciado, não há como negar: ele faz parte da identidade ribeirinha de certas regiões amazônicas. Mas o que é exatamente esse animal invertebrado, esbranquiçado, gelatinoso e com corpo cilíndrico e alongado, que mais parece uma grande minhoca? Seu nome oficial é Teredo sp. É um molusco bivalve, da mesma família da ostra e do mexilhão. Tem particularidades que justificam a aversão de alguns: além de ter o aspecto de um verme, cresce em pedaços apodrecidos de madeira presentes em mangues do Marajó e da Amazônia Atlântica, incluindo os estados do Pará, Amapá e Maranhão. Ele pode se alojar no interior de pedaços de troncos caídos ou mesmo no casco molhado de embarcações, deixando a madeira com uma aparência característica, cheia de furos. Apesar desse visual não tão convidativo, o turu já é consumido há, pelo menos, alguns séculos, desde que foi descoberto por povos indígenas da região. Seja em caldos, farofas, só com sal e limão ou em outros modos de preparo, a tradição é mantida pelos ribeirinhos.