Cachorro e gato podem ter diabetes? Saiba como a doença se manifesta nos pets
O diabetes em animais é muito semelhante a doença nos humanos, ou seja, por inúmeros motivos, o organismo do pet deixa de produzir insulina ou a produz em quantidade insuficiente para suas necessidades
No último dia 14 foi celebrado o Dia Mundial do Diabetes, uma campanha de conscientização global com foco no diabetes mellitus e sobre como melhorar sua prevenção, diagnóstico e cuidados, além de informar sobre o reflexo do diabetes na saúde e mortalidade da população. Mas o que muita gente não sabe é que muitos animais, em especial cães e gatos, também são acometidos com esta doença.
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O diabetes em animais é muito semelhante a doença nos humanos, ou seja, por inúmeros motivos, o organismo do pet deixa de produzir insulina ou a produz em quantidade insuficiente para suas necessidades. Sem a insulina, a glicose não entra nas células, deixando o animal sem energia e com excesso de açúcar no sangue. Como resultado, ele se torna propenso a uma série de complicações, entre elas a cegueira e a insuficiência renal.
Especialistas em saúde animal dizem que os maus hábitos adquiridos na modernidade (principalmente em relação a questão alimentar) estão entre as principais causas do crescimento da doença, que pode ser fatal. Nos cães, a doença se manifesta principalmente em animais de meia idade, idosos e nas fêmeas. Já nos gatos, a maior incidência ocorre em animais castrados.
Quais as principais causas da diabetes em animais?
A médica veterinária Marcella Bernal diz que entre as principais causas da diabetes em animais estão
- obesidade;
- pancreatite (inflamação do pâncreas);
- administração inadequada de medicamento;
- enfermidades relacionadas ao metabolismo dos animais (hiperlipidemia, acúmulo de gordura no sangue);
- questões hormonais.
Bernal explica que é fundamental que os donos de pets observem qualquer sinal diferente apresentado pelos animais e que podem ‘dar pistas’ sobre a doença na fase inicial.
Quais os sintomas mais comuns da diabetes em cachorros e gatos
- sede excessiva;
- aumento de apetite;
- cansaço e sedentarismo;
- maior frequência na vontade de urinar.
“É muito importante que os tutores estejam atentos a estes sinais. Se o seu animal não apresentava este comportamento e passou a adquiri-lo, acenda o alerta, pois algo pode estar errado”, diz a veterinária.
Para o diagnóstico correto é necessária uma consulta com um veterinário e a realização de exames (sangue, urina e glicemia) que comprovem ou descartem a patologia. Uma vez diagnosticado é preciso cuidar deste animal para que a doença esteja controlada e ele tenha qualidade de vida.
“O controle ideal deve combinar a aplicação de insulina, exercícios regulares e alimentação balanceada. Esta alimentação implica muitas vezes na troca da ração, com a substituição por uma apropriada, que auxilie o controle da doença e promova os nutrientes certos e na quantidade adequada”, frisa a veterinária.
Mudanças no cotidiano do animal ajudam muito a preservar a sua saúde. “Praticar exercícios através das brincadeiras é fundamental. Colocar o animal para correr, pegar bolinhas, subir escadas, passear pelas ruas, tudo contribui para que ele melhore a sua saúde”.
No caso das fêmeas, a castração é indicada, porque a progesterona interfere na ação da insulina.
Quais as raças mais propensas a desenvolver diabetes?
Levando em consideração a herança genética dos animais, estudos apontam que algumas raças possuem maior propensão a desenvolver diabetes, como: Labrador, Golden Retriever, Dachshund, Spitz, Poodle e Schnauzer. Porém, vale ressaltar que isto não significa que essas raças irão obrigatoriamente desenvolver a doença.
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