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VÍDEO: Imagens flagram uso indevido de ambulâncias em Ananindeua

Veículos estariam sendo utilizados como carros particulares por funcionários da Prefeitura de Ananindeua

O Liberal

Vídeos e fotos que circulam nas redes sociais e que vêm sendo compartilhados por moradores do município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, denunciam que as ambulâncias do município, que deveriam ser utilizadas para o pronto resgate de saúde e transporte de pacientes, estão sendo usadas como carros particulares por funcionários da Prefeitura de Ananindeua.

Veja o vídeo:


Conforme as imagens, as ambulâncias estão sendo usadas para realizar mudanças, abarrotadas de equipamentos, caixas de papeis e até mesmo móveis, além de transportar funcionários e ferramentas. A prática estaria deixando pacientes acamados sem a assistência necessária para suas transferências médicas.

Os registros também mostram que algumas ambulâncias podem ser encontradas nas casas dos funcionários, enquanto outras permanecem paradas em oficinas ou abandonadas na garagem da Secretaria de Saúde de Ananindeua. A situação estaria gerando revolta nos munícipes, que cobram uma ação imediata na garantia do atendimento adequado aos pacientes.

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Em um dos vídeos, é possível visualizar uma das ambulâncias - adesivada com a identidade visual de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que deveria prestar atendimento 24 horas - desligada e estacionada na frente de uma residência. Em outro registro, mais uma ambulância aparece na mesma situação, à noite, estacionada em cima de uma calçada, em uma área residencial.

Descaso

Rômulo Vieira, 54, morador de Ananindeua há 35 anos, relata que por diversas vezes fez o chamado para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas que a resposta é recorrente: ‘não temos ambulâncias disponíveis no momento’. “Eu tenho um filho que tem crises de epilepsia e acabamos precisando bastante do serviço, mas ultimamente nunca tem ambulância”, diz o morador.

Além disso, Rômulo avalia que “a saúde de Ananindeua precisa de uma atenção que não está tendo”. Ele critica a gestão do atual prefeito Daniel Santos, que é médico de formação. “Por ele ser médico, esperávamos uma atenção melhor, mas é um descaso. Eu mesmo estou com um encaminhamento para o neurologista que já tem mais de dois anos. E isso é com ginecologista, ortopedista e por aí vai”, diz.

O morador do bairro do Guajará relata ainda que, devido à dificuldade de especialistas e outros serviços de média e alta complexidade, muitos moradores acabam recorrendo ao serviço em outros municípios, principalmente Belém. “Ao meu ver, isso acaba sobrecarregando a demanda de Belém, mas é o que acontece, porque aqui mesmo é uma grande dificuldade para conseguir”, diz Rômulo.

Pará