Veja quais são as mesorregiões do Pará em estado de emergência por risco de incêndios florestais
Medida do Ministério do Ambiente detalha as regiões do país que estarão em estado de emergência em períodos específicos e permite a contratação de brigadistas especializados em biomas

O governo federal decretou estado de emergência em áreas mais vulneráveis a incêndios florestais por meio de uma portaria publicada nesta sexta-feira (28). No Pará, a medida abrange as mesorregiões Baixo Amazonas, Sudeste, Sudoeste, Nordeste, Marajó e Metropolitana de Belém. O documento do Ministério do Meio permite a elaboração de ações preventivas de combate ao fogo. Além disso, a medida especifica os períodos em que cada região do país permanecerá em estado de emergência, de acordo com o risco de queimadas.
O estado de emergência no Pará abrangerá diferentes períodos, conforme a região. Nas mesorregiões Baixo Amazonas, Sudeste e Sudoeste, a medida valerá de maio a dezembro de 2025. Já nas mesorregiões Marajó e Metropolitana de Belém, o prazo será de junho a dezembro do mesmo ano. Na mesorregião Nordeste, o estado de emergência se estenderá de junho de 2025 a janeiro de 2026.
A medida permite a contratação de brigadistas especializados em biomas — como agentes indígenas, quilombolas e de comunidades que conheçam o território —, para que possam contribuir efetivamente com as ações de prevenção às queimadas.
“Teremos pela primeira vez um planejamento estratégico faseado ao longo do ano considerando evolução do clima e risco de incêndio”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
Confira aqui a lista de locais com estado de emergência declarados conforme os períodos específicos.
Reforço na proteção
O governo também anunciou um aumento no número de brigadistas que estarão atuando no combate ao incêndio, com mais de 4,6 mil profissionais. O número representa um aumento de 25% em relação ao ano passado.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, afirmou que a portaria especifica as ações que serão tomadas por região e prazo e que as ações serão realizadas de forma integrada com outros órgãos e governos estaduais.
“A ideia é que a estratégia seja integrada. Estamos trabalhando de forma muito intensa a integração com órgãos ambientais. Ibama e ICMBio atuam em áreas federais, mas o fogo não tem dono [...]. Agimos em áreas fora da competência legal porque o patrimônio precisa ser preservado”, afirmou Agostinho.
Segundo o MapBiomas, em 2024, mais de 30,8 milhões de hectares foram queimados no Brasil entre janeiro e dezembro de 2024, área maior que todo o território da Itália. O número representa um aumento de 79% em relação a 2023, sendo a maior área queimada registrada desde 2019.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA