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Tembé denunciam invasão de madeireiros na reserva indígena do Alto Rio Guamá

Lideranças apontam ações ilegais na região situada entre Santa Luzia e Nova Esperança do Piriá

Dilson Pimentel

O povo Tembé da Terra Indígena Alto Rio Guamá, localizada nos municípios de Paragominas, Nova Esperança do Piriá e Santa Luzia do Pará, denunciaram nesta segunda-feira (24) que, mais uma vez, seu território está sendo invadido por madeireiros que fazem a extração ilegal de madeira em área de proteção permanente, principalmente na região do rio Coracia Paraná, situado no limite dos municípios de Paragominas e Nova Esperança do Piriá. 

A denúncia foi tornada pública pela Associação das Mulheres Indígenas do Gurupi (AMIG). “Exigimos ação urgente dos órgãos competentes pela fiscalização do nosso território e seu entorno. Sofremos há décadas o desmatamento provocado por invasores de nossas terras sem que medidas preventivas sejam tomadas pelos órgãos de governo competentes pela proteção territorial”, informou.

“Todo ano”, ainda conforme a denúncia, “temos graves conflitos com madeireiros que, após o confronto, ousam em ameaçar nossas aldeias e a vida dos nossos guerreiros guardiões da floresta que fazem a vigilância ambiental e territorial da nossa reserva”.

Os guardiões da floresta é um grupo formado por 40 indígenas que fazem a vigilância ambiental e territorial da terra indígena. 

Ainda segundo a AMIG, a Terra Indígena Alto Rio Guamá abriga a última grande área de floresta primária do nordeste paraense. Essa floresta é refúgio de várias espécies de flora e fauna que estão ameaçadas de extinção e cujas existências são importantes para a manutenção da floresta em pé.

A redação integrada de O Liberal está entrando em contato com o governo do Estado e com  órgãos federais para comentar a denúncia de invasão de terras. Acompanhe.

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