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Tarifa de ônibus em Santarém vai ficar mais cara; reajuste aprovado é de R$ 0,15

O reajuste foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes e encaminhado para apreciação do prefeito

Andria Almeida

Um possível reajuste de R$ 0,15 na tarifa de transporte público causa preocupação para quem necessita de ônibus para se deslocar. A proposta de aumento foi aprovada pelo Conselho Municipal de Transportes (CMT) de Santarém, em reunião realizada na tarde de sexta-feira (03). Caso se concretize, o valor da passagem mudará de R$ 3,60 para R$ 3,75.

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O aumento seria justificado pelos empresários do ramo em razão dos constantes aumentos no valor do combustível, que é um dos principais itens de insumo de trabalho, conforme explicou o presidente do CMT e secretário municipal de Mobilidade e Trânsito, Paulo Jesus.

“Os operadores do transporte estão com dificuldades nas operações e já tentaram fazer alguns ajustes para compensar os impactos dos custos do combustível. Inclusive, já tem três comunidades sem o serviço porque os operadores não deram mais conta de manter, por dificuldades com o combustível e quebra de peças que é comum nesse período de inverno”, enfatizou.

A proposta apresentada pelos empresários é considerar a planilha aprovada em novembro do ano de 2021 pelo conselho, onde na ocasião foi feita a proposta junto ao CMT no valor de R$ 4,49 para a tarifa, no entanto, o conselho aprovou o reajuste para R$ 3,75 e o governo sancionou em R$ 3,60, ficando a diferença de 15 centavos que representa percentual de 4, 17%.

“O conselho entendeu a proposta como razoável e encaminhou para sanção do prefeito”, concluiu Paulo.

População está preocupada com a decisão

Para a estudante de história Renata Araújo Rebelo, que necessita de três ônibus por dia, o possível aumento foi recebido com surpresa e revolta.

“Tem 6 meses que teve um reajuste absurdo, e agora mais um? Sendo que a frota de ônibus é péssima e escassa”, relatou a estudante.

Para piorar a situação da estudante, o esposo também depende de transporte público, o que deve impactar o orçamento mensal da família.

Já para a confeiteira Adriana dos Santos, a proposta de reajuste é abusiva diante da má qualidade, segundo ela, do serviço prestado.

“Ônibus lotados, passageiros quase caindo pelas portas. Para você que trabalha e recebe um salário mínimo para tirar cesta básica, luz e água e ainda tem que pagar caro pelo transporte? Nossa, isso não é vida de ser humano não”, desabafou.

Ela relata que já está preocupada com o fechamento do orçamento no final do mês, caso seja aprovado o aumento na passagem. “Não se vê mais dinheiro, é só para pagar conta e nisso vai embora. Como vai ser agora? Quem quiser trabalhar tem que tirar do bolso para pagar transporte”, completou.

Pará