Sespa destaca importância da Semana de Vacinação nas Américas, de 22 a 29 de abril
O objetivo é conscientizar a população sobre a importância das vacinas como medida preventiva de doenças graves; o tema é “Mantenha-se em dia. #CadaVacinaConta”
Com o tema “Mantenha-se em dia. #CadaVacinaConta”, a 21ª Semana de Vacinação nas Américas (SVA) será realizada de 22 a 29 de abril, simultaneamente com a 12ª Semana Mundial de Imunização (SMI).
Promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o objetivo da SVA é conscientizar a população sobre a importância do uso de vacinas para proteger pessoas de todas as idades contra doenças evitáveis e ressaltar que a imunização é amplamente reconhecida como uma das intervenções de saúde mais bem sucedidas e econômicas do mundo.
Para marcar a SVA, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) chama atenção da população paraense para que mantenha em dia a caderneta de vacinação de todos os membros de sua família, enfatizando que, a cada ano, milhões de vidas são salvas graças à imunização.
Segundo a coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, as condições sociais e econômicas são fatores determinantes e condicionantes da saúde da população. No entanto, para a prevenção de doenças, a população conta com a oferta de vacinas como uma das ações mais importantes garantidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Só para a faixa etária de menores de um ano de idade, existe proteção contra 19 doenças, que continua em forma de doses de reforço e outras vacinas para adolescentes, adultos, idosos e imunossuprimidos. Portanto, se existe vacina, não deveria ocorrer casos da doença contra a qual ela protege”, disse.
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A coordenadora estadual acrescentou que a pessoa vacinada protege as pessoas não vacinadas, e está isenta de ser infectada e de transmitir a doença para outras pessoas, evitando complicações, hospitalização e morte.
O Programa Nacional de Imunização (PNI) utiliza três calendários de vacinação: para crianças, adolescentes e adultos e idosos, e disponibiliza todas as vacinas por meio da Rede de Atenção Básica SUS. “Portanto, é muito importante que as famílias incluam a vacinação como um hábito saudável na vida do indivíduo desde o nascimento”, enfatizou.
Baixa cobertura vacinal no Pará
Apesar dos esforços do Governo do Estado, as coberturas vacinais de rotina continuam baixas no estado do Pará. Com exceção das vacinas BCG e Rotavírus Humano, todas as vacinas do calendário infantil têm meta de 95%. No entanto, no ano de 2022, nenhuma delas alcançou a meta preconizada de cobertura vacinal, o que deixa a população mais vulnerável a doenças graves que, inclusive, já estavam eliminadas, como o sarampo e poliomielite.
A vacina tríplice viral, por exemplo, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, alcançou, em 2022, a cobertura de 67,39%, e a vacina contra poliomielite cobertura de 65,92% em menores de uma na de idade e apenas 49,24% em crianças de quatro anos. Outros exemplos de baixas coberturas em 2022 são febre amarela (50,24%), hepatite A (58,56%) e tríplice (difteria, tétano e coqueluche) (47,898%).
Ainda segundo Jaíra Ataíde, entre os fatores que contribuem para a baixa cobertura vacinal no estado está a existência de muitas áreas de difícil acesso, demora no atendimento nas salas de vacinação, número reduzido de vacinadores atuando ao mesmo tempo na rotina e nas vacinações de campanha, falta de mobilização da população, disseminação de fake news e resistência de grupos religiosos.
Ela disse, ainda, que a Sespa reconhece as dificuldades enfrentadas pelos municípios para execução da vacinação. Por isso sugere algumas estratégias que podem ajudá-los a alcançar a população:
• Aumentar o número de bancadas de vacinação dentro da unidade de saúde; separar por bancada as vacinas de campanha e rotina;
• Envolver a sociedade civil organizada (clubes, associações, igrejas etc), na mobilização em prol da vacinação;
• Realizar vacinação com busca ativa pelos agentes comunitários de saúde (ACSs), nas áreas da Estratégia Saúde da Família (ESF) que têm cobertura vacinal mais baixa;
• Formar equipe de ACS para mobilizar as comunidades para a vacinação e formar equipe móvel de vacinação para áreas descobertas da ESF.
Está em andamento a Campanha de Vacinação contra a Influenza (gripe)
Além das vacinas de rotina, cuja aplicação segue os calendários vacinais, está em andamento a Campanha de Vacinação contra a Influenza (gripe) e a Campanha contra a covid-19, com a vacina bivalente para quem tomou, pelo menos, as duas doses o esquema primário.
É importante destacar que a Campanha de Vacinação contra a Influenza, inclusive, foi antecipada pelo Ministério da Saúde em um mês nos estados da Amazônia, atendendo a uma solicitação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), por conta do inverno amazônico que ocorre entre os meses de dezembro e maio.
No entanto, a cobertura vacinal no Pará está em apenas 10% sendo que a meta é vacinar, pelo menos, 90% dos grupos prioritários, totalizando 2,5 milhões de pessoas.
Segundo o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, a campanha de vacinação contra a Influenza objetiva proteger a população e reduzir a sobrecarga nos serviços de saúde por conta de doenças respiratórias. “Mas, para que isso aconteça, é importante que a população também se mobilize a favor da vacinação”, afirmou.
Para Rômulo Rodovalho, o Governo do Estado tem cumprido a sua responsabilidade distribuindo as vacinas e os insumos necessários aos 144 municípios paraenses, assim como prestando assessoria técnica e apoiando as ações. “Então, vamos aproveitar a Semana de Vacinação nas Américas para levar nossas famílias aos postos de vacinação para receber as doses de proteção”, acrescentou o titular da Sespa.