Segup diz que chacinas do fim de semana são 'ponto fora da curva'

Secretaria de segurança fez balanço de novembro apontando queda de 36% nos homicídios

Dilson Pimentel
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"Um ponto fora da curva". Assim o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Ualame Machado, classificou, na manhã desta segunda-feira (9), os seis assassinatos registrados em duas chacinas neste final de semana. Foram três homicídios em Ananindeua e três no bairro do Reduto. 

O titular da Segup avaliou os assassinatos durante entrevista à imprensa, onde foi apresentado o balanço do 11º mês de gestão da segurança pública no Pará. Ao apresentar os índices de criminalidade no mês de novembro de 2019, Machado destacou redução de 36% nos casos de homicídios registrados no Estado, de 1º a 30 de novembro, em comparação com o mesmo período de 2018. 

Segundo estima o titular da Segup, a diminuição dos índices representaria a preservação de 114 vidas - visto que o número de homicídios reduziu de 317 mortes no ano de 2018, para 203 ocorrências este ano. Segundo a Segup, essa é a maior redução registrada nos homicídios no Estado, considerando todos os meses de novembro desde 2010. Ele também afirmou que a meta era preservar, este ano, mil vidas. E que essa meta foi alcançada no começo de novembro.

"De fato, neste final de semana, na região metropolitana de Belém, tivemos um ponto fora da curva. Se pegarmos os números de todo o ano de 2019, sempre tivemos uma manutenção na queda da criminalidade na região metropolitana de Belém, que é, no ano todo, de cerca de 55%. E, no mês de novembro, foi de mais de 60% de redução", afirmou Ualame Machado.

image Triplo homicídio ocorrido este domingo no Reduto (Cláudio Pinheiro)

Casos do fim de semana são investigados 


"Trabalhamos muito fortemente para que esses fatos específicos [as chacinas registradas esse fim de semana] não ocorram. A Polícia Militar, com o policiamento ostensivo, com prevenção, com abordagens. Porém, quando esses fatos venham a ocorrer, são os desafios que nos surgem. A Polícia Civil respondeu nos casos que ocorreram neste ano. E também responderá, de forma muito eficiente, e célere, que é o que todo mundo espera, nestes casos que ocorreram neste final semana", acrescentou.

Segundo ele, o Estado já está com equipes específicas de investigação. "Neste momento [esta manhã], as equipes estão reunidas porque são crimes em locais diversos. Estão conversando entre si para a troca de informações", afirmou. Sobre a possibilidade de haver algum indicativo de conexão entre os crimes, o secretário da Segup disse ainda ser muito prematuro estabelecer qualquer linha de investigação.

"Trabalhamos com várias possibilidades. Claro, temos alguns elementos que nos indicam uma possibilidade de esclarecimento. Porém, estamos reunindo, neste momento, para que possamos trocar informações. O que podemos garantir é que todos os esforços, como sempre foi, serão envidados para que os crimes sejam esclarecidos de forma muito célere e que possa ficar firmado na mente da sociedade paraense de que esse tipo de crime, quando vier a ocorrer, terá uma repressão, uma investigação muito célere e qualificada", garantiu.

Segundo Ualame Machado, em novembro a Segup apresentou também uma redução em relação ao mesmo mês do ano passado. "Nos 11 meses de 2019, tivemos 11 meses consecutivos de queda na criminalidade. No acumulado do ano, temos 30% de redução no número de crimes violentos letais intencionais (homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte) em relação ao mesmo período do ano passado. Atingimos outra meta, que é a preservação de vidas. Preservamos mais de 1.100 vidas já este ano em relação ao ano passado todo", contabilizou Machado.

"Avaliamos como positivos os dados. Sabemos que estamos no caminho certo, mas também muito precisa ser feito ainda. O Pará é um Estado que, infelizmente, ostentava um número muito superior à mádia nacional no número de mortes violentas. Conseguimos reduzir este ano, de forma que estamos conseguindo chegar próximo à média nacional, mas isso ainda não é suficiente. Queremos estar abaixo dessa média nacional, porque podemos melhorar ainda mais", disse o titular da Segup.

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