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Proposta de criação de Dia do Beach Tennis divide opiniões em Marabá

Projeto de Lei foi apresentado no plenário da Câmara e, agora, tramita nas comissões afins para discussão

Tay Marquioro

A Câmara Municipal de Marabá, no sudeste do Estado, analisa um Projeto de Lei que reconhece o beach tennis (o tênis de praia, em tradução literal) como esporte oficial, além de instituir o Dia Municipal do Beach Tennis. A proposta nasceu do anteprojeto elaborado pelo vereador Antônio Ferreira de Araújo, o Coronel Araújo, que justifica a propositura classificando o beach tennis como um esporte “inclusivo e que traz para a prática muitas pessoas que estavam longe das quadras para qualquer outra modalidade”. O texto menciona também resultados positivos alcançados por praticantes em competições realizadas em outros estados do país e cita que, em todo mundo, há aproximadamente 500 mil praticantes do esporte.

O beach tennis nasceu no início da década de 1990, na Itália, inicialmente considerado uma atividade recreativa. A regulamentação veio em 1996, quando começou o processo de profissionalização da prática. No Brasil, os primeiros registros do esporte surgiram no Rio de Janeiro em 2008. Em Marabá, diversas academias e arenas já reservam espaço para partidas do tênis de praia.

Pelas ruas da cidade, o projeto divide opiniões entre a população. Para a atendente Thannyelly Gama, embora tenha ganhado espaço na cidade, o beach tennis ainda não é muito popular. “É um esporte que não é para todos. Eu vejo que nem todo mundo tem condições de praticar porque até os acessórios, os equipamentos são caros. Requer uma raquete específica, uma roupa específica”, avalia a jovem afirmando que nunca jogou uma partida.

O técnico de assistência em celulares Antônio Firmino conta que o esporte é algo completamente fora da sua realidade. “Eu nem sei direito o que é. Só acho que esses vereadores tinham que se preocupar com coisas que realmente fossem do interesse da população, coisas que melhorassem a vida da gente”, afirma.

Já para a atendente Vitória Araújo, falta mais popularidade ao beach tennis para que o projeto se justifique. “Eu acho que é uma proposta que não tem necessidade nenhuma, não vejo esse como um esporte que a grande parte das pessoas consiga praticar. É um esporte diferente, a gente vê que está crescendo, mas ainda não chega a ter uma relevância tão grande para merecer uma data comemorativa”, conclui Vitória.

Procurado pela reportagem, o secretário Municipal de Esporte e Lazer, Thyago Ferraz, esclarece que iniciativas como a desse Projeto de Lei ajudam nas ações de incentivo ao esporte. “Quando tem alguma legislação nesse sentido, isso contribui com o nosso trabalho porque abre portas para que a gente possa fazer mais ações, voltadas à modalidade esportiva. Isso já aconteceu antes com o ciclismo, por exemplo. E, no ano passado, fizemos a Semana do Ciclismo. Com certeza, dá um respaldo, um amparo, para implementação dessas políticas públicas voltadas ao esporte”, explica o secretário.

Pará