​Projeto Utiliza IA para identificar características do espectro autista em crianças no Pará

Com foco na igualdade de acesso aos direitos, o projeto busca promover a inclusão e reconhecer as diferenças individuais desde a primeira infância

O LIBERAL
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Pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) estão avançando em um projeto que visa identificar características do espectro autista em cria​nças através do uso de inteligência artificial. O Sistema Inteligente para Promoção do Desenvolvimento Infantil na Amazônia Paraense (SDIA), em fase piloto, visa formar um banco de dados que subsidiará políticas públicas específicas para crianças com dificuldades de desenvolvimento.

“Foram escolhidas duas abordagens de inteligência artificial para abordar o problema, ambas com capacidade de modelar o conhecimento dos especialistas e interpretar as situações estudadas. Estamos testando o protótipo com dados artificiais, gerados por inteligência artificial, para que depois possam ser validados com os dados reais das crianças”, explica o coordenador do projeto, professor Marcus Braga.

O aplicativo desenvolvido irá auxiliar em entrevistas com pais e professores, sugerindo perguntas e respostas baseadas em diretrizes do Ministério da Saúde e de profissionais especializados na área. Segundo o professor Braga, isso proporcionará uma prévia se a criança apresenta características específicas, como no autismo, direcionando-a para uma rede de apoio especializada.

A professora Flávia Marçal, coordenadora do Projeto TEA Ufra e integrante do SDIA, ressalta a importância da identificação precoce de deficiências na primeira infância. “A identificação precoce de deficiências, como autismo e síndrome de Down, é fundamental para proporcionar intervenções adequadas e oportunas, maximizando o potencial de cada criança”, avalia.

Ela enfatiza ainda a importância de uma equipe multidisciplinar para o processo de diagnóstico. “É muito importante que, caso ocorra suspeita de autismo, esse processo se dê com pediatra e uma equipe multidisciplinar que acompanhe os marcos do desenvolvimento infantil”, orienta.

O projeto conta com diversos profissionais, incluindo Fabrício Araújo, Liliane Afonso, Gilberto Nerino, Isadora Mendes, Aline Cruz (UFPA - Hospital Barros Barreto), Daniel Leal (Cesupa) e o Núcleo de Pesquisas em Computação Aplicada (NPCA), da Ufra campus Paragominas. Com a missão de garantir que todas as crianças tenham igualdade de acesso aos direitos, o projeto busca promover a inclusão e reconhecer as diferenças individuais desde a primeira infância.

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