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Projeto Refloresta Altamira distribui 100 mil mudas e recupera áreas degradadas no Xingu

A meta é recuperar mais de 800 hectares de áreas degradadas de forma sustentável, beneficiando agricultores familiares de diferentes áreas rurais do município

Agência Pará

A recuperação de áreas degradadas na região sudoeste paraense tem avançado, graças à iniciativas como o Projeto Refloresta Altamira, que é conduzido pela Prefeitura de Altamira, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). Na última semana, a ação realizou mais uma entrega de mudas e a meta é recuperar mais de 800 hectares de áreas degradadas de forma sustentável, beneficiando agricultores familiares da região do Assurini e de outras comunidades do município.

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Nesta terceira etapa do projeto, foram entregues 100 mil mudas de espécies agroflorestais. Até o momento, o Refloresta Altamira já distribuiu mais de 200 mil mudas, com previsão de atingir a marca de 600 mil ao final das próximas etapas. O projeto é financiado com recursos provenientes de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado após casos de desmatamento ilegal, que agora se transformam em ações concretas para a recuperação ambiental e geração de renda para as comunidades locais.

“O Projeto Refloresta Altamira é um exemplo de como unir preservação ambiental com benefícios econômicos para as famílias da agricultura familiar. Estamos contribuindo para a recuperação ambiental e, ao mesmo tempo, fomentando o desenvolvimento sustentável dessas comunidades. É importante frisar que ele foi construído aos moldes do Projeto Sistemas Agroflorestais (Prosaf), idealizado pelo nosso Instituto”, destacou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.

Estratégias 

A entrega das mudas é uma das etapas fundamentais do projeto, que incentiva a implantação de sistemas agroflorestais. Esses sistemas promovem a combinação de espécies nativas e frutíferas, garantindo, ao mesmo tempo, a recuperação do solo e a geração de alimentos e renda para as famílias beneficiadas. As ações são realizadas em conjunto com as comunidades, garantindo o protagonismo dos agricultores familiares no processo.

Segundo o gerente do Escritório Regional do Xingu do Ideflor-Bio, Israel Oliveira, a adesão dos agricultores tem sido essencial para o sucesso do projeto. “O engajamento das famílias é um diferencial. São eles que fazem a diferença no campo, plantando e cuidando dessas mudas, que vão transformar áreas degradadas em espaços produtivos e sustentáveis,” afirmou.

A região do Assurini, uma das mais impactadas pelo desmatamento, é destaque no projeto. A recuperação das áreas degradadas nessa localidade é estratégica, tanto pela sua biodiversidade quanto pelo impacto direto na melhoria das condições de vida das famílias. Além disso, a recuperação ambiental contribui para a mitigação das mudanças climáticas e para a proteção dos recursos hídricos da região.

Cooperação 

O projeto é conduzido de forma colaborativa, com o suporte técnico do Ideflor-Bio, o planejamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Altamira e o financiamento do Ministério Público. As mudas entregues são cultivadas em viveiros locais, garantindo a qualidade do material e gerando empregos na produção das plantas.

Os agricultores interessados em participar do projeto podem se cadastrar junto à Prefeitura de Altamira. “É mais do que plantar árvores, é plantar um futuro sustentável para a nossa região,” concluiu Israel Oliveira, reforçando o compromisso das instituições envolvidas em promover o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental.

Pará