População paraense ultrapassa 8,3 milhões, diz IBGE
Belém aparece no levantamento como responsável por 17,35% da população do Estado
Os 144 municípios do Pará possuem 8.366.628 habitantes, segundo as estimativas populacionais dos municípios, com data de referência em 1º de julho de 2017, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, o Estado aumentou em 93.904 o número de residentes, o que equivale a uma taxa de crescimento de 1,13% entre 2016 e 2017 - um pouco menor do que a calculada entre 2015 e 2016 (1,19%). Em todo o País, a taxa de aumento foi bem inferior, de 0,77%, resultando em 207.660.929 habitantes em 2017, ante 206.081.432 do ano passado.
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Desse total de habitantes brasileiros, 4,02% está no Pará, a nona unidade federativa mais populosa. São Paulo surge como o Estado detentor da maior população do País (45.094.866), seguido por Minas Gerais (21.119.536), Rio de Janeiro (16.718.956), Bahia (15.344.447), Rio Grande do Sul (11.322.895), Paraná (11.320.892), Pernambuco (9.473.266) e Ceará (9.020.460). Por outro lado, os que possuem os menores números de habitantes são Roraima (522.636), Amapá (797.722) e Acre (829.619).
Belém aparece no levantamento como responsável por 17,35% da população do Estado. São 1.452.275 habitantes, depois de um incremento de 6.233 moradores (0,43%) em relação ao total do ano passado. No ranking nacional a capital paraense é o 12º município mais populoso do País e o segundo da região Norte, atrás, somente, de Manaus, com 2.130.264 pessoas (7º maior registro do País). Nesse rol, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF) despontam nas primeiras posições, com 12.106.920, 6.520.266 e 3.039.444 habitantes, respectivamente.
Na outra ponta, Maceió (AL), com 1.029.129 moradores, é o município com mais de um milhão de pessoas, menos habitado. Juntos, esses 17 municípios com mais de um milhão de habitantes respondem por mais de um quinto (21,9%) da população brasileira: 45.549.898 habitantes. Serra da Saudade (MG) é o município brasileiro de menor população, 812 habitantes, seguido de Borá (SP), com 839 habitantes, e Araguainha (MT), com 931 habitantes.
Na análise dos municípios paraenses, Ananindeua surge em segundo no Estado, com 516.057 residentes (6,16% do total) e aumento de 1,02% do número do ano passado. Completam o ranking de municípios mais populosos do Estado: Santarém, com população de 296.302 pessoas (+0,63%); Marabá, com 271.594 (+1,75%); Parauapebas, com 202.356 (+3,11%); Castanhal, com 195.253 (+1,39%); Abaetetuba, com 153.380 (+0,95%); Cametá, com 134.100 (+1,20%); Marituba, com 127.858 (+1,93%) e São Félix do Xingu, com 124.806 (+3,50%).
Já Bannach, com 3.200 pessoas (-1,02%), e Pau D’Arco, com 5.341 (-1,75%), são os que possuem menos habitantes no Estado. Ambos também figuram na lista dos 18 municípios paraenses que reduziram as suas populações nos últimos 12 meses. Os maiores destaques porcentuais nessa lista foram Faro, que reduziu de 7.168 habitantes, em 2016, para 7.009 esse ano (-2,22%); Senador José Porfírio, de 11.587 para 11.357 (-1,98%); e Pau D’Arco, de 5.436 para 5.341 (-1,75%).
Considerando os maiores aumentos porcentuais de população, sobressaem os resultados de São Félix do Xingu, que cresceu 3,50% em um ano; Canaã dos Carajás, com aumento de 3,37%, alcançando a marca de 36.027 habitantes; Ulianópolis, com alta de 3,20% e população atual de 57.525 pessoas; Anapu, com alta de 3,14% e 27.096 moradores; e Parauapebas, com acréscimo de 3,11% da população.
As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos. Esta divulgação anual obedece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013. As populações dos municípios foram estimadas por um procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios.
O método se baseia na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010). As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais que tenham ocorrido entre os municípios após 2010.