Piratas aterrorizam funcionários de balsas no Estreito de Breves no Pará
Os ataques geram temor a quem trabalha na navegação fluvial no Estado
Ataques frequentes de piratas a seguranças e marinheiros de balsas, que fazem o transporte de cargas entre os portos de Santarém e Vila do Conde, no trecho conhecido como Estreito de Breves, no rio Amazonas, no Pará, geram temor a trabalhadores do ramo da navegação fluvial.
De acordo com os seguranças de balsas, diariamente são transportados mercadorias, como soja e milho de Santarém para o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, porém, os confrontos com piratas aumentaram nos últimos meses, provocando insegurança aos trabalhadores.
O segurança, Riva da Silva Frota, declara que quando a embarcação chega ao Estreito de Breves, o medo aumenta entre os trabalhadores marítimos.
"Há um mês nas balsas Cid, houve confronto entre os seguranças e os piratas. Esse registro ficou no nosso livro de ocorrência. Todas as balsas que levam soja, milho, óleo ou outras mercadorias sofrem ataques", denuncia Riva.
Segundo ele, em vários confrontos já houve trabalhadores feridos e o roubo de mercadorias e dinheiro pelos piratas.
"Isso sempre acontece. Gurupá é a cidade mais perigosa quando a gente passar por lá. De Almeirím até Vila do Conde e também em direção a Macapá, toda essa área é perigosa", revela Riva.
Ele reivindica junto a administração pública do Pará, ações de segurança no Estreito de Breves. "Nós queremos segurança nessa aérea. O Extreito é um trecho muito grande. Tem que ter segurança!", exclama Riva, denunciando que as balsas City, que fazem o transporte de óleo para as cidades vizinhas, sempre sofrem ataques de piratas quando navegam no Estreito de Breves.
"A gente vem pedindo socorro nessa aérea há alguns anos e até agora não fomos atendidos. Nós vigilantes e marinheiros, queremos segurança para trabalharmos nos rios do Pará", concluiu Riva.